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terça-feira, 3 de julho de 2012

Foi fundada a Associação dos Preconceituosos para reunir quem discrimina


Preste atenção, vou contar uma história
De pessoas que pensavam não ter defeito
Todas se uniram, eram um só grupo agora
Que foi chamado: o grupo do preconceito

Mas o grupo não durou muito tempo unido
Ele não deu muito certo, logo se desfez
Mas o que será que deve ter acontecido?
Eu vou contar sua história, era uma vez...

Cem pessoas participavam daquele evento
Mas a coisa que todas elas tinham igual
Era sem dúvida alguma aquele sentimento
Que deu nome ao grupo e juntou o pessoal

Mas bem no começo, um detalhe perceberam
No grupo de cem, branco não era a regra
Algo estava errado, logo se enfureceram
Pois dentre eles dez eram da raça negra

Lógico, os outros membros os expulsaram
Ficando só os noventa brancos perfeitos
Que tinham preconceitos e não perdoavam
Enfim livres dos detestáveis dez negros

O grupo, reduzido, já estava discutindo
Assim, começaram lá atrás algumas rixas
E vários no grupo acabaram se assumindo
Dos homens lá presentes, dez eram bichas

Vejam só este absurdo, como é que pode?
Bichas em meio aos machões, que nojento
Será que eles querem levar um "sacode"?
Devem gostar de porrada e de sofrimento

Vamos ter que limpar este grupo é agora
Sem essa de opção sexual, macho é macho
Batam bastante, mandem as bichas embora
E quem fizer frescuras aqui eu despacho

Falando em frescura, de quem é o batom?
Entre os oitenta há também dez mulheres
Com covardes e fracas o grupo não é bom
Já para a cozinha, entre copos e talheres

Ficaram assim apenas os setenta machões
Vamos fazer um estatuto, disse um então
Depois de conversas e muitas discussões
Decidiram: o grupo vai virar associação

Chamou-se Associação dos Brancos Machos
Completaram com o termo: Preconceituosos
Mas ao discutirem a religião e os seus atos
Alguns não eram cristãos, nem religiosos

Que absurdo, deus só tem um e é o nosso
Quem não seguir o pensamento vai embora
Exterminar seitas e ateus sei que posso
Fica grupo limpo, por dentro e por fora

Dentre setenta, vinte não eram cristãos
E assim não cultuavam nem vinho, nem pão
Expulsos a pontapés pelos outros irmãos
Sobraram só cinquenta da mesma religião

Mas olharam de novo, para espanto geral
Notaram surpresos, depois das expulsões
Que, nem dessa forma, o grupo era igual
Para uns o aluguel, para outros mansões

É uma vergonha ter pobres no nosso meio
Quem não tem dinheiro de nada nos serve
Aqui não fica pobre, mendigo, esmoleiro
É que os melhores não se juntam à plebe

Vinte pobres que não têm a nossa classe
Fiquem nos barracos ou vão já trabalhar
Seria favor se, sozinhos, nos deixassem
É hora do banquete com lagosta e caviar

Só sobraram ali os trinta privilegiados
Que odeiam e não se misturam com negros
Budistas, mulheres, pobres e nem viados
Queimemos todos por seus medonhos erros

Acho que podemos formar o grupo por fim
Só que não é um grupo, é uma associação
Após escolher o presidente, façam assim
Votem agora no secretário e no escrivão

Esperem, algo aqui ainda não está certo
Este grupo não parece ser bem homogêneo
Enquanto tem um sem estudo e analfabeto
O outro tem doutorado e é quase um gênio

Quem não tem estudo, faça-me já o favor
De se desligar hoje mesmo da Associação
Fiquem aqueles que têm título de doutor
Ou são bem formados, numa boa profissão

E vinte coitados sem estudo, nem letras
Já chamados de burros, de gente anormal
Foram expulsos dali com paus e marretas
E correram pelos fundos, para o quintal

Ali os dez melhores são os que sobraram
Morra quem é mulato, Gay ou de outra fé
E felizes da vida até se cumprimentaram
Mais perfeitos que eles, ninguém mais é

Mas só ao fazerem isso perceberam então
Que um deles tinha um defeitinho na mão
Quem tem dedo torto fica na Associação?
E levantou-se assim, uma nova discussão

Surdo e canhoto, sem direito respeitado
São defeitos da natureza, coisa anormal
Sai do grupo o cego, o mudo, o aleijado
Vamos pôr nisto tudo um bom ponto final

Junto daqueles, havia um manco da perna
Que ajudava o avô de aparelho na orelha
Expulse até os velhos, chega de baderna
Só fica gente sadia, sem a pele vermelha

Colocados para fora sem constrangimento
Todos os diferentes, até gordo e careca
Porque lá não aceitam nem em pensamento
Cadeira de roda, peruca, óculos, muleta

Com a perda dos sete por defeito físico
Só ficaram três deles, já meio abalados
Imaginando se ainda haveria algum risco
E temendo que algo os deixasse isolados

Passada esta fase começaram a conversar
Pois, afinal, ainda eram uma associação
Há coisas a fazer, assuntos a deliberar
Já que eles eram a rica nata da criação

E conversando muito e também discutindo
As coisas foram num instante aparecendo
E não eram iguais entre si nem sorrindo
Só agora é que estavam mesmo percebendo

Quanto a política e futebol discordavam
Cada membro tinha um partido ou um time
Centro, direita, Vasco, Grêmio gritavam
Lá todos tinham uma opinião muito firme

Então viram que o grupo não daria certo
Eram todos diferentes e não concordavam
E já nem podiam ver seu amigo por perto
Que chegava o preconceito e se enojavam

E assim cada um expulsou os outros dois
Por isso, aquela Associação se dissipou
Decidiram sumir, sem deixar para depois
Dessa forma, este horrendo grupo acabou

O tempo passou rápido, mas algo ocorria
E os três decidiram reunir-se novamente
Como não se vive só, o grupo retornaria
Mas desta vez, um novo projeto em mente

Quem é deficiente foi novamente chamado
Pois defeito não era motivo de exclusão
Chamaram também o idoso e o necessitado
Experiência e humildade bem úteis serão

Foi convocado quem tinha estudado pouco
Pois para ser cidadão escola não carece
Veio também o crente, o ateu, o caboclo
Bem-vindos até aqueles de nenhuma prece

O judeu, budista, mórmon ou o candomblé
Avisaram mesmo os que não eram cristãos
Porque agora, não interessava mais a fé
De ônibus, carro, a pé são todos irmãos

A cada dia o grupo ficava mais complexo
Chamaram Travestis, Drags e Transexuais
Todos os que amam alguém do mesmo sexo!
Gay, Bi, Lésbica voltaram a ser normais

Marido e mulher, já não era obrigatório
O casamento Homossexual podia outra vez
A liberdade deste amor era algo notório
Havia filhos de héteros, filhos de Gays

Não importa se você é marrom ou amarelo
Já que essas raças ao grupo pertencerão
Os negros, os mulatos, os pardos vieram
Tenha orgulho da sua cor e sua condição

A mãe, a avó, a cunhada, a tia e a irmã
Encantaram o grupo com o toque feminino
A mulher era reconhecida de novo cidadã
Símbolo do amor, uma nação e o seu hino

De novo as cem pessoas estavam reunidas
Para Formar uma outra Associação, enfim
Tiveram pois, que mudar o nome do grupo
Pois o preconceito não era mais seu fim

O objetivo agora é formar um grupo novo
De pessoas que respeitam seu semelhante
Em tratamento digno, humano, respeitoso
É bem simples, mas é uma ideia brilhante

Afinal, o que diz a lei contra a homofobia?


Entre a extensa lista de citações do filósofo grego Aristóteles, uma é essencial para que todo este texto faça sentido: “O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete”.

Ser Gay não é o único motivo que me faz acreditar que o projeto de lei que adiciona a discriminação aos Homossexuais à lista de crimes de discriminação será benéfico para toda a sociedade.

O que me faz acreditar neste projeto é seu texto, claro, conciso e objetivo. Ao contrário do que vociferam pastores evangélicos Brasil a fora, como Silas Malafaia e o senador Magno Malta (PR/ES), o PL122 não torna os Gays uma "categoria intocável".

A discriminação por orientação sexual (Homo- Bi - Trans e hétero) passa a incorporar o texto de uma lei já existente (Lei 7.716), que pune o preconceito por raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero e sexo.

Aprovada a modificação, a lei ganha o texto ‘orientação sexual e identidade de gênero’ como complemento, só isso.

A lei, que já cita uma extensa lista de crimes contra estas fatias da sociedade, adiciona ainda impedir ou proibir o acesso a qualquer estabelecimento, negar ou impedir o acesso ao sistema educacional, recusar ou impedir a compra ou aluguel de imóveis ou impedir participação em processos seletivos ou promoções profissionais para as pessoas negras, brancas, evangélicas, budistas, mulheres, nordestinos, gaúchos, índios, homens heterossexuais, mulheres Homossexuais, Travestis, Transexuais… pra TODO MUNDO!

Ou seja, a lei não cria artifícios para beneficiar apenas os Gays, mas para dar mais garantias de defesa de seus direitos para toda a sociedade, da qual a Comunidade Gay está inserida.

O único artigo que cita diretamente os direitos constituídos a Homossexuais é o oitavo, que torna crime “proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão Homossexual, Bissexual ou Transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos”, deixando claro que os direitos são de TODOS, e não apenas de um grupo seleto de pessoas.

Mas e a liberdade de expressão? O ponto mais criticado por evangélicos, especificamente, é a perda da liberdade de expressão. Ora, onde um deputado em sã consciência faria um projeto desta magnitude e não estudaria a fundo a constituição para evitar incompatibilidades?

O PL122 apenas torna crime atos VIOLENTOS contra a moral e honra de Homossexuais, o que não muda em nada o comportamento das igrejas neopentecostais em relação à crítica.

Uma igreja pode dizer que ser Gay é pecado? Pode. Assim como pode dizer que ser prostituta é pecado, ser promiscuo é pecado, ser QUALQUER COISA é pecado.

A igreja pode dizer que Gays podem deixar o comportamento Homossexual de lado e entrar para a vida em comunhão com Jesus Cristo? Pode, claro! Tudo isso é permitido, se há homossexuais descontentes com sua orientação sexual, eles devem procurar um jeito de ser felizes, ou aceitando sua sexualidade ou tentando outro caminho, como a igreja, por exemplo.

Agora, uma igreja pode falar que negros são sujos, são uma sub-raça e que merecem voltar a condição de escravos?

Pode dizer que mulheres são seres inferiores, que não podem trabalhar e estudar, e que devem ser propriedade dos maridos?

Pode dizer que pessoas com deficiência física são incapazes e por isto devem ser afastadas do convívio social por não serem ‘normais’?

Não, não pode! Da mesma forma, que igrejas não poderão dizer (mesmo porque é mentira) que ser Gay é uma doença mental, que tem tratamento, que uma pessoa Gay nunca poderá ser feliz e que tem de se "regenerar".

Isto é uma violência contra a moral e a honra dos Homossexuais, e este tipo de conduta ofensiva será passiva de punição assim que a lei for aprovada.

O que o PL122 faz é incluir. Ele não cria um "império Gay", como quer inadvertidamente propagar um ou outro parlapatão no Senado. O PL122 não deixa os Homossexuais nem acima, nem abaixo da lei. Deixa dentro da lei.

Quem prega contra a lei tem medo de perder o direito de ofender, de humilhar, de destruir seu objeto de ódio. Quem prega contra o PL122 quer disseminar a intolerância.

E tudo que nossa sociedade precisa hoje é aprender respeito e tolerância, e descobrir de uma vez por todas que é a pluralidade que torna nossas breves existências em algo tão extraordinário.

O peso da “revelação” de Anderson Cooper.


O jornalista americano Anderson Cooper, hoje a maior estrela da rede de notícias CNN, anunciou na segunda-feira [2/7] que é gay. Não foi bem um anúncio formal, e não se trata exatamente de uma novidade, mas o âncora nunca havia tocado publicamente no assunto e sempre foi discreto sobre sua vida pessoal. Cooper fez a revelação em um email ao blogueiro – assumidamente gay – Andrew Sullivan, do site Daily Beast. Sullivan, por sua vez, publicou – com autorização do jornalista – a mensagem na íntegra.
Cooper afirmou que temia que seu longo silêncio sobre o assunto pudesse levar as pessoas a acreditar que ele não se sentia confortável ou tinha vergonha de sua sexualidade. Mas disse que, por seu trabalho o colocar em evidência, tentava manter certo nível de privacidade em sua vida. O jornalista contou que optou por manter a discrição, em parte, por motivos profissionais. “Eu sinto que, às vezes, quanto menos um entrevistado sabe sobre mim, mais eu posso fazer efetivamente e de forma segura meu trabalho como jornalista”.
Cooper escreveu, no entanto, que recentemente começou a se perguntar se os efeitos involuntários de seu esforço para manter a privacidade começaram a pesar mais do que a questão em si. “Ficou claro para mim que, ao permanecer em silêncio sobre certos aspectos da minha vida pessoal por tanto tempo, eu dei a alguns a impressão errada de que estou tentando esconder alguma coisa – algo que me deixa desconfortável, com vergonha ou até com medo. E isso é triste porque simplesmente não é verdade”. Continua ele no email a Sullivan: “O fato é que eu sou gay, sempre fui, sempre serei, e não poderia ser mais feliz, confortável comigo mesmo, e orgulhoso”.
Debate do momento
Sullivan, que é amigo de Cooper, havia pedido ao jornalista um comentário sobre uma capa da revistaEntertainment Weekly, intitulada “A nova arte de sair do armário”, sobre as maneiras discretas como algumas celebridades têm se identificado como gays. “Eu pedi o feedback dele sobre este assunto por razões que são provavelmente óbvias para muitos”, escreveu o blogueiro.
O tema está em alta. Semanas antes, o New York Times havia publicado matéria descrevendo como o ator Jim Parsons, do seriado The Big Bang Theory, havia casualmente se identificado como gay em uma entrevista – segundo o jornal, “mostrando como, para algumas estrelas gays, existe um novo estado normal que evita o coreografado número de sapateado para sair do armário”. No mês passado, uma matéria de capa do New York Observer listava Cooper entre celebridades que não escondiam ser gays, mas se negavam a discutir publicamente suas vidas pessoais.
O âncora gay
A orientação sexual do âncora sempre foi conhecida por seus colegas e amigos no meio jornalístico. Assessores da CNN por vezes tentavam impor algumas regras quando o jornalista era entrevistado para evitar perguntas sobre o assunto. Elas até surgiam, mas ele não respondia abertamente. “Ele me disse, muitos anos atrás, que não queria ser conhecido como ‘o âncora gay’”, afirma Gail Shister, colunista do TVNewser.com. “Ele não queria que sua sexualidade ficasse ligada a sua profissão”.
Desta forma, Cooper, que ancora o programa Anderson Cooper 360 no horário nobre da CNN e contribui com matérias para o 60 Minutes, da CBS, nunca pensou em anunciar sua sexualidade na TV, de acordo com diversos colegas de trabalho. Ele se importava bastante, no entanto, com notícias de ataques e outras formas de discriminação a gays, temas que sempre cobriu amplamente em seus programas. Por causa de sua posição de destaque no telejornalismo americano, afirmou um ex-produtor, Cooper passou a sentir que podia fazer alguma diferença – ele se torna, com o anúncio, o mais famoso jornalista abertamente gay da TV americana.
TV, política e sociedade
Muitas das reações imediatas ao anúncio nas redes sociais e blogs sobre jornalismo foram do tipo “eu já sabia”, “era óbvio”, etc. Mas houve quem avaliasse que a declaração pública do âncora poderá, mais para frente, impulsionar o processo de aceitação de homossexuais na sociedade americana, tendência que tem ficado evidente em pesquisas ao longo das últimas décadas. Nos últimos 20 anos, a TV nos EUA passou a refletir essa aceitação crescente, e a estimulá-la – muitas vezes em seriados com personagens gays comoEllen e Modern Family.
Há dois meses, o presidente Barack Obama afirmou seu apoio ao casamento gay, elevando os direitos legais entre parceiros do mesmo sexo a um tema a ser debatido na campanha presidencial deste ano. Naquela mesma noite, Cooper começou seu programa na CNN afirmando que a mais recente pesquisa do instituto Gallup dizia que 50% dos americanos concordam que o casamento entre pessoas do mesmo sexo devia ser legal; e 48% dizem que não. “Então metade do país apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e esta noite esta metade inclui o presidente dos EUA”, concluiu.
“A visibilidade dos gays é um dos principais meios para nossa igualdade”, escreveu Sullivan no post que trazia o email de Cooper. O jornalista concorda: ainda que pretenda continuar a preservar sua privacidade, ele diz que “a visibilidade é importante, mais importante do que preservar meu escudo de privacidade de jornalista”. Com informações de Brian Stelter [The New York Times, 2/7/12]
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Facebook cria ícones para casamento gay


Nos Estados Unidos, casais homossexuais podem assinalar seu casamento com ícones mostrando dois noivos ou duas noivas na linha do tempo do Facebook.


Foto na página de Chris Hughes no Facebook
Foto na página de Chris Hughes no Facebook: para os brasileiros, um símbolo de erro aparece no lugar do ícone
São Paulo — O Facebook parece estar dando mais um passo em sua trajetória como rede social amigável ao público gay. Agora, ao menos nos Estados Unidos, casais homossexuais podem indicar seu casamento, na linha do tempo, usando ícones específicos no lugar daquele que mostra uma noiva e um noivo. Os novos ícones exibem, lado a lado, duas noivas ou dois noivos.
A novidade foi vista primeiro na página de um dos cofundadores do Facebook, Chris Hughes. Ele se casou, neste último fim-de-semana, com seu namorado Sean Eldridge e publicou fotos da festa na rede social. Na tarde de segunda-feira, porém, para quem acessava osite no Brasil, um símbolo de erro aparecia no lugar do ícone sobre a foto de Hughes e Eldridge na linha do tempo. Isso sugere que talvez o ícone ainda não esteja disponível para os brasileiros.
A novidade recebeu elogios da Gay & Lesbian Alliance Against Defamation (GLAAD), organização não governamental americana que zela pelo tratamento dado aos homossexuais na mídia. A entidade já tem uma parceria com o Facebook há alguns anos e chegou a premiar a rede social com seu GLAAD Media Awards pelas ações amigáveis ao público gay.