Ricky Martin sai do armário! Cantor se assume homossexual!
Ricky Martin, cantor mundialmente famoso, decide sair do armário e se assume publicamente como homem homossexual.
Em seu blog, Ricky Marting diz “Tenho orgulho de dizer que sou um felizardo homem homossexual. Sou muito abençoado em ser o que sou“.
Segundo consta, o cantor só resolveu se assumir pois começou a escrever sua biografia e não iria se sentir bem escondendo tal segredo de seu público. “Muita gente já me disse que ‘não é importante’, ‘não vale a pena’, ‘o seu trabalho desses anos todos vai por água abaixo’ (…). Foram pessoas que eu amo muito que me disseram isso, e por isso decidi viver a minha vida sem contar toda a verdade”, explica o cantor.
Ricky Marting é pai de dois filhos (por insiminação artificial) e, aos 38 anos, sai finalmente do armário. Que este ato seja um incentivo para tantos outros que estão ai, vivendo uma vida dupla e infelizes por esconder algo que nunca deveria ser escondido. Parabéns Ricky Martin!
Confiram o site oficial do "bofe".
http://www.rickymartinmusic.com/
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quarta-feira, 7 de abril de 2010
Ricky Martin decide sair do armário!!!
Ricky Martin, cantor mundialmente famoso, decide sair do armário e se assume publicamente como homem homossexual.
Em seu blog, Ricky Marting diz “Tenho orgulho de dizer que sou um felizardo homem homossexual. Sou muito abençoado em ser o que sou“.
Segundo consta, o cantor só resolveu se assumir pois começou a escrever sua biografia e não iria se sentir bem escondendo tal segredo de seu público. “Muita gente já me disse que ‘não é importante’, ‘não vale a pena’, ‘o seu trabalho desses anos todos vai por água abaixo’ (…). Foram pessoas que eu amo muito que me disseram isso, e por isso decidi viver a minha vida sem contar toda a verdade”, explica o cantor.
Ricky Marting é pai de dois filhos (por insiminação artificial) e, aos 38 anos, sai finalmente do armário. Que este ato seja um incentivo para tantos outros que estão ai, vivendo uma vida dupla e infelizes por esconder algo que nunca deveria ser escondido. Parabéns Ricky Martin!
Confiram o site oficial do "bofe".
http://www.rickymartinmusic.com/
Em seu blog, Ricky Marting diz “Tenho orgulho de dizer que sou um felizardo homem homossexual. Sou muito abençoado em ser o que sou“.
Segundo consta, o cantor só resolveu se assumir pois começou a escrever sua biografia e não iria se sentir bem escondendo tal segredo de seu público. “Muita gente já me disse que ‘não é importante’, ‘não vale a pena’, ‘o seu trabalho desses anos todos vai por água abaixo’ (…). Foram pessoas que eu amo muito que me disseram isso, e por isso decidi viver a minha vida sem contar toda a verdade”, explica o cantor.
Ricky Marting é pai de dois filhos (por insiminação artificial) e, aos 38 anos, sai finalmente do armário. Que este ato seja um incentivo para tantos outros que estão ai, vivendo uma vida dupla e infelizes por esconder algo que nunca deveria ser escondido. Parabéns Ricky Martin!
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Lista de blogs homossexuais
Lista de blogs homossexuais (gays e lésbicas) sobre a homossexualidade.
Artigos & Textos, Diversidade GLS, Eventos LGBT, Homofobia, Mitos da Homossexualidade, Movimento Homossexual, Pensamentos, Religião & Homossexualidade, Vida Homossexual - Portal sobre a Homossexualidade / Homossexualismo
Lista de blogs de homossexuais (gays e lésbicas), bissexuais e heterossexuais sobre a homossexualidade, homofobia, comportamento e cotidiano homossexual. Fonte portal Armário X.
Blog Gay - Fabrício Viana - Escritor Gay Assumido
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Twitter de Fabrício Viana
http://twitter.com/fabricioviana
>>>>>>>> Blogs recomendados:
Blog da Maitê Schnneider
Endereço oficial do blog da militante e ex-transexual Maitê Schnneider. Sempre com novidades e abordando vários assuntos, principalmente sobre o universo trans..
http://www.casadamaite.com/taxonomy/term/38
Blog da Mel
O que passa pela cabeça de uma mãe que assume publicamente seu filho gay? Suas dúvidas, preocupações, conceitos e tudo ligado a este universo você encontra neste blog super fofo! Visite agora mesmo!
http://blogdamel-mixbrasil.zip.net
Blog do Fabrício Viana
Viana é escritor, militante gay e idealizador deste portal (Armário X), em seu blog ele fala de tudo um pouco, principalmente do seu dia-dia, pensamentos e divagações. Além do livro O ARMÁRIO, já em sua segunda edição, atualmente Viana escreve PROMETHEUS (obra de ficção GLS).
http://blogodofabricio-mixbrasil.zip.net
Blog do Gustavo Miranda
BotaDentro, um blog sobre sexualidade, metrópole e identidade, escrito pelo super Gustavo Miranda!
http://botadentro.blogspot.com
Blog do Renato
Um dos blogs mais antigos da web. Quem nunca entrou no Blog do Renato? Renato já trabalhou (ou ainda trabalha?) em vários portais gays.
http://www.blogdorenato.com
Blog do Sérgio Viúla
Sérgio saiu na capa da Revista Época falando sobre a instituição religiosa que ajudou fundar no passado e que promovia a “cura religiosa de gays“. Nos longos anos de sua vida e prática percebeu que tudo era uma grande furada, passando a aceitar também seus próprios desejos. Hoje ele tem um blog com muitas informações, vale a visita!
http://gls.zip.net
Blog do Tiago ( Heterônimo ) Quintana
Informações, militância, preocupações e muito mais você encontra no blog do super Tiago Quintana. Um heterônimo (uma espécie de pseudônimo, mas com personalidade), onde ele fala tudo o que pensa sobre a comunidade LGBTT, GLBT, GLBTT, ou o que você preferir!!
http://blogdotiago-mixbrasil.zip.net
Blog do Vincenzo Gonzaga
Blog criado com a intenção de divulgar notícias, devaneios, direitos dos homossexuais… tudo relacionado aos homossexuais!!!!
http://vincenzogonzaga.blogspot.com
homossexualidade.net
Blog, portal e site, tudo misturado, sobre a homosexualidade, verdade, mitos, artigos.
http://www.homossexualidade.net
Passageiro do Mundo
Blog do Marcos Freitas sobre o cotidiano homossexual com reflexões, teatro, dança, comportamento, literatura e muito mais!
http://passageirodomundo.blogspot.com
Quero um amigo gay
Mulher com 38 anos, casada, procura um amigo gay. Será você? Entre e fique a vontade. Dica: coloque em seus favoritos e faça sempre uma visita!
http://queroumamigogay.blogspot.com
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Doritos X Gays – Não tenha vergonha de dançar YMCA!
Estamos sempre preocupados com o outro olhar e com o olhar do outro em nossas vidas. Desde que nascemos. Isso ocorre com todo o mundo, mas, por razões óbvias, bem mais em cima das minorias discriminadas e excluídas socialmente. Dois pontos estão sempre recebendo uma maior agudez, ainda, na visão dos habitantes desta sociedade imagética: O prazer e a aparência.
Falemos do primeiro agora: O Prazer. Depois explico como os dois andam juntinhos, que nem unha e carne, um “apoiando” o outro e completando o caminho da infelicidade e da não realização do ser humano.
Prazer nunca foi algo bem visto dentro de uma sociedade que já nasce culpada, que se estabeleceu em cima da culpa e onde todos são pecadores. Culpado. Mas, nesse mundo, teria que ser criadas válvulas de escape para tanta dor, sofrimento e miséria, que “permitem” algumas coisinhas prazerosas, desde que dentro do padrão aceitável pelo… olhar do outro. Essa expressão pode ser ampliada pelo olhar de um grupo, tribo, povo, região, religião e etc. onde ocorre uma padronização à procura de possíveis identidades em comum. Que, se não existirem tanto assim, podem muito bem serem fingidas (ou forjadas, ou imitadas ou representadas ou ainda impostas pela educação ou por regras verbais ou não verbais). Então, permitem (Eles permitem, os outros) que você frequente a balada da moda, desde que – é claro – você use uma roupa da moda, igual a que usa a sua turma e também consuma o que eles consomem, de música à comida, incluindo aí até gostos estéticos e Desejo. Você não pode se sentir atraído por um gordo ou por um coroa. A menos que esconda o seu desejo e, junto com o esconderijo, se sinta também culpado. Então, tudo bem. Você não é um “anormal”, sua própria culpa é uma prova disso. Anormal seria não sentir culpa. E a culpa, essa nossa (ini)amiga cerceadora vai te acompanhar por toda a sua vida e vai ser muito usada pelos outros , para que você não fuja, nunca do padrão. Compreende por que o prazer é tão temido por qualquer governo, sociedade, pelos poderosos? Por que transgride e desestrutura. Então, sempre, sob inúmeras desculpas, sejam higienistas, medicinais, comportamentais, religiosas, sociais, vão controlar você. Eles, os outros.
A aparência idem. Hoje, virou pecado (de novo ele, culpa, lembra?) mortal envelhecer. Vivemos a negação do corpo e a negação da morte. Se o envelhecimento nos lembra que, um dia, morreremos, então em nome da “boa saúde” ele deve ser combatido. Olhe ao redor e veja que cabelos brancos só existem em mulheres muito idosas, antes há a obrigação da tintura, mesmo que eles venham aos trinta anos. No Brasil, segundo país que faz mais plásticas no mundo, depois dos Estados Unidos, a mulher será olhada como uma marciana, se deixar os brancos nascerem naturalmente em sua cabeça. No mínimo, será considerada “desleixada”. Engordar também não pode. Quem engorda é por que é uma pessoa preguiçosa que come demais…segundo eles, os outros…ué, mas comida é também um prazer, não? Se não for o maior que temos, sensorialmente falando. Prazer, percebe? Idem, culpa, percebe?
Que delícia é quando você toma um banhão e sai por aí usando sua camiseta velhérrima e furada, mas a mais confortável do guarda-roupa, junto com aquele tênis encardido de três anos atrás, que não aperta seu pé. Que delícia quando você relaxa! Mas relaxar dá prazer, você não pode perder o controle pois pode ter alguém olhando, um outro. Reparem como a moda contribuiu, ao contrário do que pensam e pregam, com a sua infelicidade, já que ajuda a estandardizar as pessoas, a colocá-las em uma forma. E forma lembra prisão; uniforme; aperto; massificação; robotização. Forma não lembra prazer. Se você se vestir de forma diferente da sua tribo, prepare-se antes para as críticas, julgamentos e para se sentir mal. Moda é uniforme disfarçado. Pode não ter o logotipo da empresa ou da repartição, mas é o melhor exemplo de como sua aparência sofre a influência do olhar do outro. E de como você é, a cada dia, menos você, sem atinar… Tudo isso é, também, dor e sofrimento. No filme de Almodovar, “Tudo sobre minha mãe”, a personagem da travesti diz algo perante uma platéia, ao receber um prêmio, que me fez pensar muito: “Para mim, felicidade é você se aproximar, cada vez mais, do que entende por autenticidade”. Acho que é por aí.
O que mais me doeu no comercial da Doritos foi justamente a negação da singularidade de cada um, me feriu mais que a homofobia comprovada do mesmo ( você pode dividir Doritos, mas não o seu Desejo ou o seu esfincter…). O rapazinho levando um saco do salgadinho na cara por que está relaxado, feliz e distraído ( se “distrair” é prazer, não?) do olhar cerceador do outro, por que está dançando YMCA , música de grande sucesso do grupo Village People e que se tornou um referencial e um hino gay. E, além de gay, essa música é considerada “brega” pela moda atual. Alguém aí sabe me dizer o que é isso, “brega”? Eu tive uma amiga maravilhosa em minha vida que era considerada brega: peruona, 80 quilos distribuídos em fartos seios que cheiravam à talco, cabelos platinados e misturava abóbora com verde e vermelho, pulseiras enormes e batom vermelhão. Nada nela remetia ao discreto. Aliás, “discreto” é outra palavra muito usada para controlar… Essa amiga vivia rindo, feliz e indiferente às criticas e julgamentos constantes que sofreu a vida toda. Sempre estava com uma camélia no cabelo e a casa cheia de flores e bombons, que comia sem dar a mínima se engordavam ou deixavam de engordar. Cantava os homens na cara dura… foi, sem dúvida a pessoa mais divertida e deliciosa que conheci na vida. Na véspera de sua morte, no hospital, comia chocolate de uma caixa escondida – quem levou não sei…- embaixo do travesseiro e ria com as músicas do Genival Lacerda. Foi enterrada usando cílios e unhas postiças, a seu pedido. Desculpem, mas nenhuma outra pessoa “discreta” e “elegante” ou “sensata” me deu tanta definição de felicidade como ela.
A mensagem que esse comercial passa é a mais retrógrada possível: “Não divida com os outros quem você realmente é, não seja autêntico. Não relaxe nunca. Faça apenas o que a maioria faz. Viva conforme os ditames alheios, para não “pagar mico”… Que saco, não? Que saco deve ser você ter que se vigiar 48 horas por dia só para ser aceito…
Tive o azar de trabalhar l4 anos com publicidade, na Folha de S.Paulo e em outros lugares e agências. Publicidade nunca representou um avanço, e sim um retrocesso. Estão sempre a um passo atrás, apesar dos publicitários que trabalham com criação se julgarem os donos da Revolução. Sem avançar, compactuam com o que esta sociedade tem de pior: Ditadura da estética e o mito da juventude eterna, estimulam a selvageria do capitalismo e do consumismo desenfreado, afastam as pessoas da busca de si para apenas aparentar. E ter. Incutem objetos de desejo em quem não pode tê-los. Como o que interessa é vender, é o lucro ou o ibope de uma marca, os meios não interessam. Trabalham em cima do “mass média”, o que interessa para eles é que você nunca pense ou questione tudo isso, pois, se pensar ou questionar podem perder lucros. Mas, reconheço: Têm muito mais a ver com a sociedade imagética que aí está do que os que tentam, desesperadamente, serem autênticos. Não viverei para ver o contrário, ou seja, uma publicidade cuja mensagem fosse: “seja mais verdadeiro e honesto consigo mesmo”. Os argumentos, furadíssimos, dos que defendem o comercial, são “bom humor”; “que só queriam mostrar alguém pagando mico” ou “a maldade está na cabeça de quem assiste” ( esse é triste, tão triste que chega a ser cômico, nega o todo poder da mídia…); “demonstrar como é gostoso consumir Doritos entre amigos”… Pois é. Pouco interessa se o comercial é pouco ou muito preconceituoso. Muitas vezes a sutileza da estigmatização e as entrelinhas ferem mais que um assassinato. Eu me cansei de ser ridicularizado. E você? Qual é o seu limite? Quantas vezes já passamos por situações parecidíssimas com essa mostrada no comercial? O que eu sei, com toda a certeza, é que as pessoas seriam muito mais felizes se dançassem YMCA nas ruas, diariamente, sem levar saco de Doritos na cara. E que pudessem expressar a luz do próprio olhar, sem se preocuparem tanto com o olhar do outro.
Por Ricardo Rocha Aguieiras.
10 Mandamentos de sobrevivência Gay
10 Mandamentos de sobrevivência Gay
1.Não leve amantes para sua residencia.
2.Não mantenha relação afetivo-sexual com menores de 18 anos.
3.Procure frequentar Saunas, Cinemas, Boates que oferecem cabines e dark rooms para relacionamento sexual.
4.Não beba nada oferecido por amantes e estranhos. Não desgrude do seu copo ou lata de bebida.
5.Prefira morar em apartamentos e fazer amizades com os porteiros e vizinhos de andar.
6.Se você mora sozinho, declare sua orientação sexual para amigos, vizinhos e seguranças do prédio
7.Em caso de solidão saia de casa.Não dê carona para estranhos.Vá a uma boate, cine, bar, divirta-se.
8.Homossexualidade não é doença. Mas o medo de se relacionar com outros Gays é um problema que pode ser resolvido com psicológos.
9.Se sair com um Trabalhador do sexo, não esconda que é gay, isso evita chantagem, e nem fale de sua vida profissional e economica. Guarde os objetos de maior valor em local seguro ( celulares, relogio, som automotivo, colares, pulseiras, roupas, tenis e oculus de grife). Não saia com cartões de crédito ou cheques , leve o dinheiro contado e trocado.Cuidado com a chave de casa e do carro.Ande sempre com o tanque de combustível perto da reserva.
10.Qualquer violencia procure a delegacia de polícia. Caso não se sinta satisfeito com o andamento do inquérito denuncie no Ministério Público.
1.Não leve amantes para sua residencia.
2.Não mantenha relação afetivo-sexual com menores de 18 anos.
3.Procure frequentar Saunas, Cinemas, Boates que oferecem cabines e dark rooms para relacionamento sexual.
4.Não beba nada oferecido por amantes e estranhos. Não desgrude do seu copo ou lata de bebida.
5.Prefira morar em apartamentos e fazer amizades com os porteiros e vizinhos de andar.
6.Se você mora sozinho, declare sua orientação sexual para amigos, vizinhos e seguranças do prédio
7.Em caso de solidão saia de casa.Não dê carona para estranhos.Vá a uma boate, cine, bar, divirta-se.
8.Homossexualidade não é doença. Mas o medo de se relacionar com outros Gays é um problema que pode ser resolvido com psicológos.
9.Se sair com um Trabalhador do sexo, não esconda que é gay, isso evita chantagem, e nem fale de sua vida profissional e economica. Guarde os objetos de maior valor em local seguro ( celulares, relogio, som automotivo, colares, pulseiras, roupas, tenis e oculus de grife). Não saia com cartões de crédito ou cheques , leve o dinheiro contado e trocado.Cuidado com a chave de casa e do carro.Ande sempre com o tanque de combustível perto da reserva.
10.Qualquer violencia procure a delegacia de polícia. Caso não se sinta satisfeito com o andamento do inquérito denuncie no Ministério Público.
Violência e Homossexualismo

Este trabalho busca examinar a questão da violência ao homossexual, inserindo nessa discussão referenciais sócio-antropológicos, mediados pela teoria das representações sociais. Nos parece crucial levantar a questão da alteridade, visto que, a consciência do outro, apresenta-se como a consciência da diferença, constituindo-se num problema de proporções históricas, econômicas e culturais de contínua importância na vida coletiva e comunitária. As relações estabelecidas entre o eu e o outro produzem situações onde se percebe a presença do medo, da segregação e da exclusão. A noção de outro remete à diferença como constitutiva da vida social, pois ela é produzida através da dinâmica das relações sociais.
Para essa discussão o conceito de relação também é fundamental, não só por estar presente na esfera cotidiana, mas, por constituir-se em nossa proposta, numa forma de leitura. Relação na reflexão filosófica, seria o ordenamento (intrínseco) de uma coisa em direção a outra. Isto é, uma realidade que para poder ser necessita de outra, senão não é (Sá,1996) . Dessa maneira, a vida social produz-se na heterogeneidade, onde a negociação da realidade resulta do sistema de interações sociais, a partir das diferenças e pela presença constante do potencial de conflito.
Assim, a idéia de relação e de reciprocidade só existe a partir do reconhecimento do outro, onde a impossibilidade de trocas e de processos de reciprocidade podem produzir impasses sócio-culturais e irrupções de violência no interior dos grupos/sociedades ou entre eles (Velho, 1996:10). Portanto, as relações sociais resultam de processos de interação e de negociação, centrados na percepção de várias formas de alteridade relacionados às diferenças entre os sujeitos, suas visões de mundo, perspectivas, interesses e sobretudo, aos múltiplos modelos de construção da realidade.
Para ilustrar a violência brutal ao homossexual, nos parece exemplar a canção de Chico Buarque de Holanda “Geni e o Zeppelin” do álbum a “Ópera do malandro”, baseado na “Ópera dos Três Vinténs” de Brecht. A Música narra uma pequena história em que o marginalizado é um homossexual, que durante o dia é Genival, e que de noite se transveste em Geni. A cidade é o seu carrasco, excluindo-a e agredindo-a das formas mais perversas, desveladas sob as diversas representações sociais acerca da homossexualidade. Os versos a seguir ilustram essa realidade:
“Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni.”A rejeição social à imagem produzida pela personagem Geni foi comentada da seguinte forma pelo autor:
(...) “O que eu ouvi por causa da música Geni e o Zepellin, foi impressionante: desaforos, insultos, fiquei profundamente identificado com as personagens, as pessoas que jogavam pedras na Geni eram as mesmas que reclamavam dela e por conseguinte de mim, que nos agrediam de uma forma implacável” (apud Carvalho, l982).
Nesse comentário da música, Chico Buarque conseguiu captar com maestria um fenômeno social: o homossexual vem sendo tratado como o esgoto da sociedade ocidental contemporânea.
Segundo Mott (in Velho, 1996), o Brasil é o país campeão de assassinatos de homossexuais, e ainda, entre todas as minorias são os mais odiados. A intolerância à homossexualidade, a hemofobia, tem-se apresentado das formas mais diversas, como: chacotas, agressões simbólicas e físicas, omissão da lei e etc; configurando um quadro de violência que chega a barbárie.
Que causas motivariam a violência praticada contra o homossexual? A antropologia e a história vão buscar explicar a rejeição a homossexualidade resgatando expressões como: – “prefiro ter um filho morto que homossexual”. Nesse momento, percebe-se a repetição de normas e de leis que se cristalizaram através de mitos e que vêm sendo reforçadas ao longo do tempo pelo senso comum. É o caso de Javé, quando fez o seguinte decreto: “(...) o homem que dormir com outro homem como se fosse mulher deve ser apedrejado”. Por gerações e gerações nossos antepassados aprenderam na Bíblia, no catecismo, na inquisição, que homossexual tem que morrer.(Mott, apud Velho, l996). No caso do Brasil, os homens brancos, donos do poder, precisavam exercer um machismo ainda mais violento, devido a grande maioria de negros e índios que mantinham sob seu domínio. Portanto, o machismo latino americano fruto da escravidão, tornou-se mais violento que em outras partes do mundo.
Segundo Chineli (apud Velho, 1985) o homossexual é tido como um desviante. Cada grupo cria suas regras específicas, que são impostas aos membros com menor poder de influência social, visando a manutenção do status quo. O desvio, portanto, é uma invenção da própria sociedade, que tem por finalidade o controle social. Para justificar a punição do desvio, o corpo social desloca a culpa para a vítima, quando considera que o homossexual é portador de um estigma, que justifica situações de discriminação – Teoria do Estigma, de Gofman. O que significa que existe uma ideologia para explicar a inferioridade, e dar conta do perigo que representa o homossexual.
Em consonância com a teoria das representações sociais (Joffe, l995), afirma que:
“(...) as mudanças no ambiente social, produzem insegurança nos sujeitos, que por sua vez exacerbam conflitos de identidade não resolvidos. Quando as pessoas ligam práticas aberrantes a um “outro”, já não faz-se mais necessário deparar- se com os conflitos que também lhes pertencem.”
A maneira como os brasileiros lidam com o homossexualismo, possivelmente é reflexo de suas tensões e problemas (inclusive de natureza sexual) não resolvidos. Ainda segundo essa autora, cada grupo social tem vários depositários, grupos indefesos, como alvos potenciais para projeção dessas tensões e problemas não resolvidos. Ocorre que a ideologia dominante tende a propagar imagens de alguns grupos específicos como sendo o seu “outro” total. Nas sociedades ocidentais um dos grupos que tendem a ocupar esse lugar é o homossexual. Experiências subjetivas e internas são parte e parcela desses posicionamentos sociais, porque a projeção de ações socialmente inaceitáveis sobre outros está relacionada a sistemas de defesa primários, que permanecem no sujeito durante toda a sua vida, e são reativados quando a pessoa experimenta situações de impotência em relação a objetos do mundo externo(Klein,apud Joffe, 1995). Daí a separação de objetos em bons e maus, feita no processo de formação da identidade e gerada também por divisões ocorridas na história de suas respectivas sociedades.
O homossexual representa no imaginário coletivo o grupo mau. Os aparelhos ideológicos do estado, a escola, a família, a igreja e os meios de comunicação têm feito seu papel no sentido de alimentar esse imaginário e fomentar a violência brutal aos homossexuais de tal forma, que coloca-os na posição de não gente.
Na verdade, de pouco adiantará a discussão acadêmica se não transformarmos as nossas práticas, ou ainda, as nossas implicações com essa prática. Nesse momento, faz-se necessário salientar que toda questão prática implica e traz consigo a dimensão ética. Toda nossa postura implica numa dimensão ética. Como afirma Dussel
“ É ao reconhecer o “outro” como “dis-tinto”, estabelecendo relações de diálogo, construtivistas, de conversão, é nisso que consiste toda eticidade da existência. E nossa ética vai se diferenciar conforme nossa relação diante do outro ”. ( In Guareschi. 1998:98)
As situações vivenciadas pelos homossexuais deflagram injustiças, que em parte, são oriundas de determinada visão de ser humano que é defendida pelo modelo hegemônico, produzindo práticas bem diferenciadas que vão da violência velada a não velada. Distintas formas de dominação, nesse caso a ocidental, expressam e produzem valores, de forma a promover uma negociação permanente, mesmo quando representados socialmente como imutáveis e naturalizados.
Tanto nos fenômenos de reprodução social, como no de mudança e de ruptura, observa-se a relação entre a violência física com as formas de dominação e seus diversos níveis de legitimação. A violência produzida contra os homossexuais em nossa sociedade não se relaciona apenas à desigualdade, à diferença, mas ao fato de esta ser acompanhada de um esvaziamento de conteúdos culturais, destacando-se os éticos, no sistema de relações sociais.
Portanto, é necessário criar as condições propícias para a emergência de novos paradigmas, onde o fazer social reflita uma alteridade fundamentada no resgate de uma ética comprometida com o processo de inclusão social das minorias, é também preciso instaurar na sociedade brasileira um sentimento de indignação que gere a denúncia e desbanalize as formas veladas de violência a qualquer segmento social e, nesse caso, ao homossexual.
Bibliografia:
CARVALHO, Gilberto de. Chico Buarque: Análise poético musical. Rio de Janeiro: Codecri, 1982.
GUARESCHI, Pedrinho. Alteridade e relação: uma perspectiva crítica. In ARRUDA, Angela (org). Representando a alteridade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
MOTT, Luiz. Os homossexuais: as vítimas principais da violência. In VELHO, Gilberto, ALVITO, Marcos (orgs.). Cidadania e Violência. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996.
SÁ, Celso Pereira de. Núcleo central das representações sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
VELHO, Gilberto (org.) Desvio e divergência: uma crítica da patologia social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1995.
VELHO, Gilberto, ALVITO, Marcos (orgs.). Cidadania e Violência. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1996.
AUTORES:
Valéria Amim - Universidade Estadual dede Santa Cruz/UESC – Ilhéus/BA
Christiana Cabicieri Profice – Universidade Estadual dede Santa Cruz/UESC – Ilhéus/BA
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni.”
Existe ex-gay? Ex-homossexual? Ex-heterossexual? Ex-viado?
Existe ex-gay? Ex-homossexual? Ex-heterossexual? Ex-viado?
Essa é a pergunta primordial para muitos. E a resposta é simples. Pode existir sim, porém, a explicação é complexa e deve ser estudada e compreendida ao pé da letra. Leia tudo com atenção!
O principal problema do ex-gay é que, a maioria das pessoas que se dizem serem ex-gays, ex-viado, ex-homossexuais, etc, são pessoas que encaram a homossexualidade como uma doença, perversão ou, no mínimo, um pecado divino que o homem jamais poderia praticar. Em outras palavras, a maioria dos ex-gays assumidos publicamente se dizem “curados” deste mal. E isso é um problema grave pois a homossexualidade não é pecado. Homossexualidade não é um mal. Não é castigo divino e muito menos uma perversão sexual. A homossexualidade,é apenas uma das várias vertentes da sexualidade humana. Isto é, a homossexualidade é algo natural, aceitável e que deve ser praticado por todos aqueles que sentem tais desejos.
Neste caso, reprimir a homossexualidade é negar parte de si mesmo. E muita gente, por estar infiltrado dentro de alguma religião onde ela é – erroneamente – condenada, passa por diversas crises e angústias desnecessárias. Muitas delas se “convertem” e acabam comprando a idéia de que a homossexualidade é uma doença, se livrando deste mal, casando-se com alguém do sexo oposto, tendo filhos e, em muitos casos, tendo uma vida insatisfatória.
Este é um ponto. Outro ponto é a variável da sexualidade humana. Conceitos como homossexual, bissexual ou heterossexual foram criados para classificarmos a orientação sexual. Mas ela não é fixa, rígida ou invariável. Ela pode ser mutável. E muito. Por exemplo, hoje um homem casado com uma mulher pode se sentir atraído por outros homens. Assim como sua esposa pode se sentir atraída por outras mulheres em determinado momento de sua vida. Se isso acontecer e um dos dois assumir uma identidade homossexual, podemos dizer que eles agora são “ex-heterossexuais”.
O mesmo vale o inverso. Um homossexual pode, em determinado momento de sua vida, se sentir atraído por alguém do sexo oposto naturalmente, isto é, sem ter nenhum conflito com a condeção histórica e religiosa da homossexualidade lhe perturbando a mente. E assim se considerar um “ex-homossexual”. Sem achar que isso foi uma cura, uma conversão ou uma reviravolta a “vida normal”. Afinal, a homossexualidade hoje em dia também entra dentro do padrão da normalidade.
Neste ponto de vista, ex-gays e ex-heterossexuais, assim como ex-ex-gays e ex-ex-heterossexuais, também podem existir como identidade criada. Mas também não podem permanecer rígidas. Por exemplo, um ex-gay, que agora é heterossexual, não pode dizer que jamais sentirá novamente desejos sexuais por pessoas do mesmo sexo. Muitos acreditam que não. Se ele já provou algum dia terá no mínimo uma tendência bissexual. O mesmo acontece com um ex-hétero. O que se sabe é que a orientação, por si só, pode ou não ser mudada ao longo da vida. E se ela for mudada, a mudança partirá do íntimo de cada um, isto é, de dentro para fora (e não por terceiros). Existe também aqueles em que a orientação nunca mudará. São pessoas que nascem, crescem e morrem apenas com uma única orientação sexual durante toda a sua vida, sendo totalmente homossexual, heterossexual ou bissexual.
Então, quando se fala de ex-gays, deve-se ter em mente que muitos deles, ao aparecerem na mídia, aparecem com um discurso que envolve pecado e condenação. Isto é, eles aparecem e dizem que deixaram a homossexualidade como se abandonassem um vício de drogas. Como se isso fosse realmente uma doença. E isso é errado.
A homossexualidade na visão da psicologia, medicina, psiquiatria e várias ciências não enquadradas dentro da área da saúde, como a sociologia ou antropologia, entre muitas outras, sabem que ela não é e nunca será uma doença. Sendo apenas mais uma das expressões naturais e sadias da sexualidade humana.
Mesmo porque, alguém já viu alguma reportagem sobre “ex-heterossexuais“? Alguém já viu um ex-heterossexual assumido? Não existem em reportagens (embora existam muitos na vida real, veja como exemplo eu ou os mais de 2 milhões da parada lgbt de São Paulo). Porque a heterossexualidade, historicamente, não foi e ainda é condenada por religiosos como a homossexualidade é. Isso é um ponto importante que todos, inclusive jornalistas que preparam estas matérias de “ex-gays” precisam entender ao criar reportagens que só dividem ainda mais as opiniões da população leiga ao invés de mostrar a realidade: o preconceito (que eles mesmos ajudam a proliferar).
Para concluir, ex-gays, ex-homossexuais, ex-viados ou como vocês preferem, existem sim, mas com todas estas ressalvas. Assim como existem ex-heterossexuais que, infelizmente, são esquecidos na mídia. Mais informações entre em contato, visitem o site do meu livro ou deixem suas opiniões por aqui mesmo.
Essa é a pergunta primordial para muitos. E a resposta é simples. Pode existir sim, porém, a explicação é complexa e deve ser estudada e compreendida ao pé da letra. Leia tudo com atenção!
O principal problema do ex-gay é que, a maioria das pessoas que se dizem serem ex-gays, ex-viado, ex-homossexuais, etc, são pessoas que encaram a homossexualidade como uma doença, perversão ou, no mínimo, um pecado divino que o homem jamais poderia praticar. Em outras palavras, a maioria dos ex-gays assumidos publicamente se dizem “curados” deste mal. E isso é um problema grave pois a homossexualidade não é pecado. Homossexualidade não é um mal. Não é castigo divino e muito menos uma perversão sexual. A homossexualidade,é apenas uma das várias vertentes da sexualidade humana. Isto é, a homossexualidade é algo natural, aceitável e que deve ser praticado por todos aqueles que sentem tais desejos.
Neste caso, reprimir a homossexualidade é negar parte de si mesmo. E muita gente, por estar infiltrado dentro de alguma religião onde ela é – erroneamente – condenada, passa por diversas crises e angústias desnecessárias. Muitas delas se “convertem” e acabam comprando a idéia de que a homossexualidade é uma doença, se livrando deste mal, casando-se com alguém do sexo oposto, tendo filhos e, em muitos casos, tendo uma vida insatisfatória.
Este é um ponto. Outro ponto é a variável da sexualidade humana. Conceitos como homossexual, bissexual ou heterossexual foram criados para classificarmos a orientação sexual. Mas ela não é fixa, rígida ou invariável. Ela pode ser mutável. E muito. Por exemplo, hoje um homem casado com uma mulher pode se sentir atraído por outros homens. Assim como sua esposa pode se sentir atraída por outras mulheres em determinado momento de sua vida. Se isso acontecer e um dos dois assumir uma identidade homossexual, podemos dizer que eles agora são “ex-heterossexuais”.
O mesmo vale o inverso. Um homossexual pode, em determinado momento de sua vida, se sentir atraído por alguém do sexo oposto naturalmente, isto é, sem ter nenhum conflito com a condeção histórica e religiosa da homossexualidade lhe perturbando a mente. E assim se considerar um “ex-homossexual”. Sem achar que isso foi uma cura, uma conversão ou uma reviravolta a “vida normal”. Afinal, a homossexualidade hoje em dia também entra dentro do padrão da normalidade.
Neste ponto de vista, ex-gays e ex-heterossexuais, assim como ex-ex-gays e ex-ex-heterossexuais, também podem existir como identidade criada. Mas também não podem permanecer rígidas. Por exemplo, um ex-gay, que agora é heterossexual, não pode dizer que jamais sentirá novamente desejos sexuais por pessoas do mesmo sexo. Muitos acreditam que não. Se ele já provou algum dia terá no mínimo uma tendência bissexual. O mesmo acontece com um ex-hétero. O que se sabe é que a orientação, por si só, pode ou não ser mudada ao longo da vida. E se ela for mudada, a mudança partirá do íntimo de cada um, isto é, de dentro para fora (e não por terceiros). Existe também aqueles em que a orientação nunca mudará. São pessoas que nascem, crescem e morrem apenas com uma única orientação sexual durante toda a sua vida, sendo totalmente homossexual, heterossexual ou bissexual.
Então, quando se fala de ex-gays, deve-se ter em mente que muitos deles, ao aparecerem na mídia, aparecem com um discurso que envolve pecado e condenação. Isto é, eles aparecem e dizem que deixaram a homossexualidade como se abandonassem um vício de drogas. Como se isso fosse realmente uma doença. E isso é errado.
A homossexualidade na visão da psicologia, medicina, psiquiatria e várias ciências não enquadradas dentro da área da saúde, como a sociologia ou antropologia, entre muitas outras, sabem que ela não é e nunca será uma doença. Sendo apenas mais uma das expressões naturais e sadias da sexualidade humana.
Mesmo porque, alguém já viu alguma reportagem sobre “ex-heterossexuais“? Alguém já viu um ex-heterossexual assumido? Não existem em reportagens (embora existam muitos na vida real, veja como exemplo eu ou os mais de 2 milhões da parada lgbt de São Paulo). Porque a heterossexualidade, historicamente, não foi e ainda é condenada por religiosos como a homossexualidade é. Isso é um ponto importante que todos, inclusive jornalistas que preparam estas matérias de “ex-gays” precisam entender ao criar reportagens que só dividem ainda mais as opiniões da população leiga ao invés de mostrar a realidade: o preconceito (que eles mesmos ajudam a proliferar).
Para concluir, ex-gays, ex-homossexuais, ex-viados ou como vocês preferem, existem sim, mas com todas estas ressalvas. Assim como existem ex-heterossexuais que, infelizmente, são esquecidos na mídia. Mais informações entre em contato, visitem o site do meu livro ou deixem suas opiniões por aqui mesmo.
"Homossexualismo"
Homossexualismo
A homossexualidade não é transtorno médico ou psiquiátrico. É, contudo, um aspecto da condição humana que tem profundos efeitos sobre a vida dos indivíduos, das comunidades e da sociedade como um todo. A escolha dos membros do próprio sexo para relações sexuais e parceria doméstica íntima é ocorrência relativamente comum no mundo e através dos tempos, representando uma resposta particular a fatores biológicos, psicológicos e sociais inter-relacionados que dão origem à identidade pessoal e ao comportamento interpessoal. Apesar da presença universal de indivíduos homossexuais na história e na sociedade, o tema homossexualidade continua trazendo disputa e controvérsia. Discussões sobre homossexualidade costumam ser influenciadas por ignorância, medo e fuga, colidindo com dogmas morais e religiosos e contrastando com intuitos políticos.
Não obstante, a literatura psiquiátrica e científica com referência à homossexualidade tem crescido em qualidade e quantidade nos últimos 25 anos. A literatura agora dá uma perspectiva madura da homossexualidade, bem como uma orientação firme referente aos modos com os quais os médicos podem ter impacto positivo sobre a vida de seus pacientes gays ou lésbicas. Os médicos que compreendem os pontos de vista atuais sobre homossexualidade estão em posição de fornecer um atendimento clínico excelente a pacientes individuais e uma liderança humana em suas instituições e comunidades. Sem tal conhecimento, os médicos correm o risco de repetir ações preconceituosas e prejudiciais que costumavam caracterizar o tratamento médico de gays e lésbicas no passado. Este artigo fornece um panorama geral da homossexualidade e pretende ser um guia básico para psiquiatras e médicos gerais.
As informações sobre homossexualidade se propagam amplamente entre as disciplinas de psiquiatria, psicologia, medicina geral, neurociências, sociologia e antropologia. Desta forma, é difícil para quem não seja especialista encontrar, muito menos avaliar, a ciência e conhecimentos agora à disposição. A American Psychiatric Association reconheceu a necessidade de uma referência abrangente que tornaria a literatura acessível a generalistas e A especialistas igualmente. A resultante é Textbook of Homosexuality and Mental Healt, que continua a ser a melhor referência para psiquiatras e médicos gerais. Este artigo de eMedicine deve muito ao Textbook e acrescenta perspectivas adicionais de literatura mais recente.
Neste ponto, é útil analisar algumas definições e conceitos básicos. O termo identidade sexual refere-se à sensação interna de um indivíduo sobre ser masculino ou feminino, menino ou menina, homem ou mulher. De acordo com a psicologia do ego, a identidade sexual se desenvolve cedo na infância e normalmente se solidifica por volta dos 2,5 anos (Yule, 2000). A maioria dos homossexuais tem identidade sexual firmemente estabelecida e compatível com seu sexo anatômico. Por exemplo, um homem homossexual entende a si mesmo como homem, assim como o heterossexual. Quando a identidade sexual não fica firmemente estabelecida, um indivíduo pode apresentar sofrimento psicológico significativo, o que se denomina disforia sexual.
O termo orientação sexual se refere aos desejos e preferências de um indivíduo referentemente ao sexo dos parceiros íntimos. Como a identidade sexual, a orientação sexual se baseia em construções psicológicas conscientes e inconscientes profundas. Como Kinsey e cols. mostraram, a orientação sexual é mais uma dimensão do que uma categoria. Isto significa que os indivíduos tendem a apresentar uma gama de preferências e desejos, e não caem em categorias organizadas e mutuamente exclusivas.
Quem é homossexual? No nível da psicologia individual, a maioria dos adultos se sente e se identifica aos outros como heterossexual ou homossexual, apesar da fluidez bem reconhecida da orientação sexual humana. Um número menor de adultos se sente como tendo relativamente pouca preferência por um sexo em relação a outro, e se identifica como bissexual. Os termos gay e lésbica têm sido adotados por grande número de indivíduos auto-identificados como homossexuais e têm sido os modos preferidos de referência à sua orientação sexual, bem como à cultura que os indivíduos homossexuais têm desenvolvido como alternativa para a cultura principal (heterossexual).
No nível social, há notavelmente pouca tolerância com as variáveis expressões de orientação sexual e tende a haver uma obrigação em identificar os indivíduos como sendo heterossexuais ou homossexuais. Por exemplo, muitas organizações militares, religiosas, de educação e de voluntários costumam demonstrar intenso interesse se um de seus membros é ou não homossexual e determinam modos de lidar com o indivíduo, uma vez aplicado este rótulo a ele. A intenção, geralmente, é expulsar ou marginalizar de algum modo o indivíduo homossexual.
As graduações de orientação sexual recebem pouco crédito e costuma haver a noção de que evidências de comportamento orientado para o mesmo sexo indicam que um indivíduo seja homossexual. Esta escolha forçada de categorias rígidas e predeterminadas é prática que tem claros paralelos com atitudes e práticas racistas. Por exemplo, indivíduos têm sido categorizados como de cor ou brancos, com o status estimagtizado da cor escura conferido a pessoas de herança mista até quando a maioria de seus parentes é branca.
O interessante é que há importantes instituições sociais, primariamente nas artes, em que a orientação sexual parece ser mais fluida, as categorias de orientação são definidas de maneira menos clara e as práticas discriminatórias são muito menos importantes. De fato, certos artistas (como Michael Jackson) encontraram vantagens comerciais em cultivar uma imagem de identidade e orientação sexuais ambíguas. A expressão mais direta de uma identidade homossexual ainda pode levar a controvérsia e problemas profissionais em potencial para artistas importantes, como a comediante americana Ellen DeGeneres.
Complicando ainda mais o quadro, há o fato de que identidade, orientação, comportamento e atração podem ser expressos de modo que integrem elementos aparentemente contraditórios. Por exemplo, alguns indivíduos que se acham heterossexuais se envolvem em comportamentos homossexuais e vice-versa. Outras dimensões da escolha do parceiro podem receber peso juntamente com o sexo e, por vezes, podem ser de maior importância. Os indivíduos podem preferir um papel sexual mais ou menos ativo, parceiros mais jovens ou mais velhos, um ou outro foco físico de sensação erótica, uma ou outra atividade erótica, parceiros exclusivos ou não, sexualidade integrada com outros elementos de relacionamentos ou sexualidade desprovida de relação pessoal, configurações familiares estendidas ou nucleares e estilos de vida que variam de modos tradicionais a arranjos não-convencionais. Resumindo, a sexualidade vem em mais variações do que os indivíduos e a sociedade comumente reconhecem.
Novamente, deve-se enfatizar que a homossexualidade não é um transtorno psiquiátrico. Neste tópico, analisaremos brevemente transtornos psiquiátricos que envolvem elementos da sexualidade e que poderiam ser confundidos com homossexualidade. O objetivo desta discussão é diferenciar esses distúrbios da homossexualidade e encaminhar os leitores a outros artigos de eMedicine para maior discussão.
Não obstante, a literatura psiquiátrica e científica com referência à homossexualidade tem crescido em qualidade e quantidade nos últimos 25 anos. A literatura agora dá uma perspectiva madura da homossexualidade, bem como uma orientação firme referente aos modos com os quais os médicos podem ter impacto positivo sobre a vida de seus pacientes gays ou lésbicas. Os médicos que compreendem os pontos de vista atuais sobre homossexualidade estão em posição de fornecer um atendimento clínico excelente a pacientes individuais e uma liderança humana em suas instituições e comunidades. Sem tal conhecimento, os médicos correm o risco de repetir ações preconceituosas e prejudiciais que costumavam caracterizar o tratamento médico de gays e lésbicas no passado. Este artigo fornece um panorama geral da homossexualidade e pretende ser um guia básico para psiquiatras e médicos gerais.
As informações sobre homossexualidade se propagam amplamente entre as disciplinas de psiquiatria, psicologia, medicina geral, neurociências, sociologia e antropologia. Desta forma, é difícil para quem não seja especialista encontrar, muito menos avaliar, a ciência e conhecimentos agora à disposição. A American Psychiatric Association reconheceu a necessidade de uma referência abrangente que tornaria a literatura acessível a generalistas e A especialistas igualmente. A resultante é Textbook of Homosexuality and Mental Healt, que continua a ser a melhor referência para psiquiatras e médicos gerais. Este artigo de eMedicine deve muito ao Textbook e acrescenta perspectivas adicionais de literatura mais recente.
Neste ponto, é útil analisar algumas definições e conceitos básicos. O termo identidade sexual refere-se à sensação interna de um indivíduo sobre ser masculino ou feminino, menino ou menina, homem ou mulher. De acordo com a psicologia do ego, a identidade sexual se desenvolve cedo na infância e normalmente se solidifica por volta dos 2,5 anos (Yule, 2000). A maioria dos homossexuais tem identidade sexual firmemente estabelecida e compatível com seu sexo anatômico. Por exemplo, um homem homossexual entende a si mesmo como homem, assim como o heterossexual. Quando a identidade sexual não fica firmemente estabelecida, um indivíduo pode apresentar sofrimento psicológico significativo, o que se denomina disforia sexual.
O termo orientação sexual se refere aos desejos e preferências de um indivíduo referentemente ao sexo dos parceiros íntimos. Como a identidade sexual, a orientação sexual se baseia em construções psicológicas conscientes e inconscientes profundas. Como Kinsey e cols. mostraram, a orientação sexual é mais uma dimensão do que uma categoria. Isto significa que os indivíduos tendem a apresentar uma gama de preferências e desejos, e não caem em categorias organizadas e mutuamente exclusivas.
Quem é homossexual? No nível da psicologia individual, a maioria dos adultos se sente e se identifica aos outros como heterossexual ou homossexual, apesar da fluidez bem reconhecida da orientação sexual humana. Um número menor de adultos se sente como tendo relativamente pouca preferência por um sexo em relação a outro, e se identifica como bissexual. Os termos gay e lésbica têm sido adotados por grande número de indivíduos auto-identificados como homossexuais e têm sido os modos preferidos de referência à sua orientação sexual, bem como à cultura que os indivíduos homossexuais têm desenvolvido como alternativa para a cultura principal (heterossexual).
No nível social, há notavelmente pouca tolerância com as variáveis expressões de orientação sexual e tende a haver uma obrigação em identificar os indivíduos como sendo heterossexuais ou homossexuais. Por exemplo, muitas organizações militares, religiosas, de educação e de voluntários costumam demonstrar intenso interesse se um de seus membros é ou não homossexual e determinam modos de lidar com o indivíduo, uma vez aplicado este rótulo a ele. A intenção, geralmente, é expulsar ou marginalizar de algum modo o indivíduo homossexual.
As graduações de orientação sexual recebem pouco crédito e costuma haver a noção de que evidências de comportamento orientado para o mesmo sexo indicam que um indivíduo seja homossexual. Esta escolha forçada de categorias rígidas e predeterminadas é prática que tem claros paralelos com atitudes e práticas racistas. Por exemplo, indivíduos têm sido categorizados como de cor ou brancos, com o status estimagtizado da cor escura conferido a pessoas de herança mista até quando a maioria de seus parentes é branca.
O interessante é que há importantes instituições sociais, primariamente nas artes, em que a orientação sexual parece ser mais fluida, as categorias de orientação são definidas de maneira menos clara e as práticas discriminatórias são muito menos importantes. De fato, certos artistas (como Michael Jackson) encontraram vantagens comerciais em cultivar uma imagem de identidade e orientação sexuais ambíguas. A expressão mais direta de uma identidade homossexual ainda pode levar a controvérsia e problemas profissionais em potencial para artistas importantes, como a comediante americana Ellen DeGeneres.
Complicando ainda mais o quadro, há o fato de que identidade, orientação, comportamento e atração podem ser expressos de modo que integrem elementos aparentemente contraditórios. Por exemplo, alguns indivíduos que se acham heterossexuais se envolvem em comportamentos homossexuais e vice-versa. Outras dimensões da escolha do parceiro podem receber peso juntamente com o sexo e, por vezes, podem ser de maior importância. Os indivíduos podem preferir um papel sexual mais ou menos ativo, parceiros mais jovens ou mais velhos, um ou outro foco físico de sensação erótica, uma ou outra atividade erótica, parceiros exclusivos ou não, sexualidade integrada com outros elementos de relacionamentos ou sexualidade desprovida de relação pessoal, configurações familiares estendidas ou nucleares e estilos de vida que variam de modos tradicionais a arranjos não-convencionais. Resumindo, a sexualidade vem em mais variações do que os indivíduos e a sociedade comumente reconhecem.
Novamente, deve-se enfatizar que a homossexualidade não é um transtorno psiquiátrico. Neste tópico, analisaremos brevemente transtornos psiquiátricos que envolvem elementos da sexualidade e que poderiam ser confundidos com homossexualidade. O objetivo desta discussão é diferenciar esses distúrbios da homossexualidade e encaminhar os leitores a outros artigos de eMedicine para maior discussão.
Igreja e a Questão do Homossexualismo Uma Orientação Pastoral.
Igreja e a Questão do Homossexualismo
Uma Orientação Pastoral
- INTRODUÇÃO -
Por que esta orientação pastoral sobre o tema do Homossexualismo?
A cada dia cresce a visibilidade do tema homossexualismo como realidade que sempre existiu. Na Igreja ele tem sido tratado como tabu, especialmente nos momentos quando ela se depara com um caso de homossexualismo. Na sociedade em geral o assunto é tratado cada vez com mais naturalidade, o lema é cada um na sua, a imprensa noticia casamento de homossexuais com destaque. As novelas exploram o tema, mulheres lésbicas tomam-se verdadeiras heroínas, e são consideradas vítimas incompreendidas. Há afirmações e provas científicas buscando afirmar que não se trata de uma preferência sexual, resultado de escolha, mas que o homossexualismo é uma tendência natural irreversível, orgânica mesmo, enfim uma forma de sexualidade tão natural como a sexualidade entre homem e mulher.
Que tipo de vida a sociedade contemporânea tem proposto e produzido? Esta pergunta é respondida a cada dia pelos jornais, revistas, rádio e televisão. O quadro apresentado é desolador, aumenta as conquistas científicas e aumenta a miséria e a violência. Fala-se de paz, mas continuam sendo gastos milhões em armamentos. Por tudo isso é que percebemos a ausência de condições da nossa sociedade em ditar normas no campo da moral.
Um mundo guiado somente pelo saber humano não tem condições de produzir justiça e felicidade, caminha, sim, para a morte. Por isso não podemos aceitar o homossexualismo como uma expressão natural e normal de sexualidade, porque uma resposta apenas científica não é suficiente para determinar nossa posição.
Diante disso é que nos propomos a responder as perguntas de forma precisa: A Bíblia fala sobre homossexualismo? O homossexualismo é uma expressão correta, desde a perspectiva cristã, de prática da sexualidade? Enfim, a prática do homossexualismo é pecado? Por quê devemos responder a tais questões?
Esta carta tem o objetivo de introduzir algumas orientações e oferecer a posição bíblico-teológico e pastoral da Igreja Metodista sobre o assunto. O que diz a Bíblia sobre o assunto?
Consideraremos alguns textos bíblicos que abordam o assunto:
O primeiro texto que devemos considerar é Gênesis 18.20 e 19.1-11. Nestes textos fica claro a prática do homossexualismo como um dos símbolos das abominações, com as quais Deus não aprova e nem se agrada. Tal registro consta nas notas da Bíblia de Jerusalém (uma Bíblia de estudos) sobre o mesmo texto. O relato mostra o resultado da maravilhosa experiência de encontro com Deus vivida por Abraão, no capítulo 18, no qual Deus anuncia a destruição de Sodoma e Gomorra por causa do seu pecado.Abraão, pensando em seu sobrinho Ló, que vivia em Sodoma, pergunta: "Se houver na cidade 50 justos ainda assim o Senhor destruirá?" A resposta foi que não, até quando se diminui para dez justos, o que, segundo os estudiosos, seria o número dos membros da família de Jó. O símbolo de todos os pecados cometidos pelos moradores de Sodoma é ilustrado na tentativa deles de terem relações sexuais com os mensageiros de Deus que estavam abrigados na casa de Ló, e se trata de prática homossexual, porque rejeitam a proposta de Ló, que tentando proteger seus hóspedes oferece a turba de homens às suas filhas, o que é rejeitado.
Ainda no Antigo Testamento (Levítico 18.22), encontra-se uma instrução legal, na forma de mandamento: "Com o macho (zakbar) não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação". Na seqüência, no capítulo 20.13 é dada a condenação a morte aos que praticarem o homossexualismo.
Finalmente, no Novo Testamento a linguagem não permite qualquer dúvida.Romanos I.26-27 classifica o homossexualismo, tão comum entre gregos e romanos, como paixões infames, diz no final que são passíveis de morte os que tais cousas praticam (Rm I.32), ou ainda, instruindo a igreja em Corinto Paulo adverte: "ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros nem efeminados, nem sodomitas..." (I Co 6.9). Alguns alegam que Jesus nada disse sobre o homossexualismo. É verdade!Mas Jesus disse sobre a lei judaica, conforme apresenta Levítico e tantos outros textos. Ele disse: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra”. (Mt 5.17-18).
- CONCLUSÃO -
Orientações Pastorais: Com base nestas reflexões bíblicas como devemos agir?
a) Primeiramente, vale a frase, nós abominamos o pecado, mas devemos exercer amor semelhante ao de Jesus, para com todos os pecadores. Sobre hipótese alguma devemos ter uma atitude preconceituosa e discriminatória em relação aos homossexuais. São pessoas carentes de respeito e amor;
b) Não devemos considerar os homossexuais mais pecadores do que alguns que estão dentro da igreja, que são mentirosos, maldizentes, injustos, como bem classificou o Apóstolo Paulo (I Co 6.9-10). A Igreja tem a tendência de considerar um/a adúltero/a um/a pecador/a mais aceitável do que um homossexual;
c) Por outro lado, não devemos deixar de dizer ao pecador, seja ele um homossexual ou não: "...porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6.23), abordando a graça de Deus para com todos/as os/as pecadores/as; Finalmente, o homossexual é, em muitos casos, uma tendência de ordem orgânica e/ou emocional, também, e como tal deve ser considerada. Ter homossexualidade não é pecado em si mesmo, o pecado é a prática desta tendência. A Igreja pode e deve contribuir para a reversão desta tendência da homossexualidade, por ser ela contrária ao padrão bíblico cristão da moral.
Estas são as nossas preocupações e orientações pastorais como Bispos da Igreja Metodista, as quais repartimos com a Igreja para auxiliar na caminhada missionária.
Fonte: Site Oficial da Igreja Metodista - Cartas Pastorais/Carta pastoral sobre homossexualismo
Uma Orientação Pastoral
- INTRODUÇÃO -
Por que esta orientação pastoral sobre o tema do Homossexualismo?
A cada dia cresce a visibilidade do tema homossexualismo como realidade que sempre existiu. Na Igreja ele tem sido tratado como tabu, especialmente nos momentos quando ela se depara com um caso de homossexualismo. Na sociedade em geral o assunto é tratado cada vez com mais naturalidade, o lema é cada um na sua, a imprensa noticia casamento de homossexuais com destaque. As novelas exploram o tema, mulheres lésbicas tomam-se verdadeiras heroínas, e são consideradas vítimas incompreendidas. Há afirmações e provas científicas buscando afirmar que não se trata de uma preferência sexual, resultado de escolha, mas que o homossexualismo é uma tendência natural irreversível, orgânica mesmo, enfim uma forma de sexualidade tão natural como a sexualidade entre homem e mulher.
Que tipo de vida a sociedade contemporânea tem proposto e produzido? Esta pergunta é respondida a cada dia pelos jornais, revistas, rádio e televisão. O quadro apresentado é desolador, aumenta as conquistas científicas e aumenta a miséria e a violência. Fala-se de paz, mas continuam sendo gastos milhões em armamentos. Por tudo isso é que percebemos a ausência de condições da nossa sociedade em ditar normas no campo da moral.
Um mundo guiado somente pelo saber humano não tem condições de produzir justiça e felicidade, caminha, sim, para a morte. Por isso não podemos aceitar o homossexualismo como uma expressão natural e normal de sexualidade, porque uma resposta apenas científica não é suficiente para determinar nossa posição.
Diante disso é que nos propomos a responder as perguntas de forma precisa: A Bíblia fala sobre homossexualismo? O homossexualismo é uma expressão correta, desde a perspectiva cristã, de prática da sexualidade? Enfim, a prática do homossexualismo é pecado? Por quê devemos responder a tais questões?
Esta carta tem o objetivo de introduzir algumas orientações e oferecer a posição bíblico-teológico e pastoral da Igreja Metodista sobre o assunto. O que diz a Bíblia sobre o assunto?
Consideraremos alguns textos bíblicos que abordam o assunto:
O primeiro texto que devemos considerar é Gênesis 18.20 e 19.1-11. Nestes textos fica claro a prática do homossexualismo como um dos símbolos das abominações, com as quais Deus não aprova e nem se agrada. Tal registro consta nas notas da Bíblia de Jerusalém (uma Bíblia de estudos) sobre o mesmo texto. O relato mostra o resultado da maravilhosa experiência de encontro com Deus vivida por Abraão, no capítulo 18, no qual Deus anuncia a destruição de Sodoma e Gomorra por causa do seu pecado.Abraão, pensando em seu sobrinho Ló, que vivia em Sodoma, pergunta: "Se houver na cidade 50 justos ainda assim o Senhor destruirá?" A resposta foi que não, até quando se diminui para dez justos, o que, segundo os estudiosos, seria o número dos membros da família de Jó. O símbolo de todos os pecados cometidos pelos moradores de Sodoma é ilustrado na tentativa deles de terem relações sexuais com os mensageiros de Deus que estavam abrigados na casa de Ló, e se trata de prática homossexual, porque rejeitam a proposta de Ló, que tentando proteger seus hóspedes oferece a turba de homens às suas filhas, o que é rejeitado.
Ainda no Antigo Testamento (Levítico 18.22), encontra-se uma instrução legal, na forma de mandamento: "Com o macho (zakbar) não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação". Na seqüência, no capítulo 20.13 é dada a condenação a morte aos que praticarem o homossexualismo.
Finalmente, no Novo Testamento a linguagem não permite qualquer dúvida.Romanos I.26-27 classifica o homossexualismo, tão comum entre gregos e romanos, como paixões infames, diz no final que são passíveis de morte os que tais cousas praticam (Rm I.32), ou ainda, instruindo a igreja em Corinto Paulo adverte: "ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros nem efeminados, nem sodomitas..." (I Co 6.9). Alguns alegam que Jesus nada disse sobre o homossexualismo. É verdade!Mas Jesus disse sobre a lei judaica, conforme apresenta Levítico e tantos outros textos. Ele disse: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra”. (Mt 5.17-18).
- CONCLUSÃO -
Orientações Pastorais: Com base nestas reflexões bíblicas como devemos agir?
a) Primeiramente, vale a frase, nós abominamos o pecado, mas devemos exercer amor semelhante ao de Jesus, para com todos os pecadores. Sobre hipótese alguma devemos ter uma atitude preconceituosa e discriminatória em relação aos homossexuais. São pessoas carentes de respeito e amor;
b) Não devemos considerar os homossexuais mais pecadores do que alguns que estão dentro da igreja, que são mentirosos, maldizentes, injustos, como bem classificou o Apóstolo Paulo (I Co 6.9-10). A Igreja tem a tendência de considerar um/a adúltero/a um/a pecador/a mais aceitável do que um homossexual;
c) Por outro lado, não devemos deixar de dizer ao pecador, seja ele um homossexual ou não: "...porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6.23), abordando a graça de Deus para com todos/as os/as pecadores/as; Finalmente, o homossexual é, em muitos casos, uma tendência de ordem orgânica e/ou emocional, também, e como tal deve ser considerada. Ter homossexualidade não é pecado em si mesmo, o pecado é a prática desta tendência. A Igreja pode e deve contribuir para a reversão desta tendência da homossexualidade, por ser ela contrária ao padrão bíblico cristão da moral.
Estas são as nossas preocupações e orientações pastorais como Bispos da Igreja Metodista, as quais repartimos com a Igreja para auxiliar na caminhada missionária.
Fonte: Site Oficial da Igreja Metodista - Cartas Pastorais/Carta pastoral sobre homossexualismo
Não é homofobia: uma história real.
Não é homofobia: uma história real
Eu tinha dois anos de idade e gostava de imitar Michael Jackson, quando o via dançando na TV. Era louco com ele. Saí um dia com meu pai e fiquei murmurando a música do Michael e rebolando com minha mãe. "Seu filho já nasceu boiola", disse o amigo do meu pai que só parou de rir quando fomos embora. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Aos quatro anos comecei a dançar Ballet no Núcleo Artístico em Belo Horizonte, meus pais, irmão, avó e madrinha estavam nas apresentações e premiações, o restante da família e amigos não: "Isso não é coisa de homem. Não faz essas coisas de mariquinha", eles diziam. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
No pré-primário a professora me colocava sempre junto das meninas, pois os meninos me batiam, e não gostavam de sentar "perto da bichinha". Não era homofobia, eles apenas estavam se expressando.
Na primeira série pedi à diretora para apresentar uma peça de teatro na escola, apresentei e alguns me xingaram de "boiola, bicha" etc. Meu pai foi à escola reclamar e a professora disse a ele "tratam seu filho assim porque ele não é normal". Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Na quarta série um colega de sala me deu um tapa na cara e gritou comigo, "veadinho, essa vozinha de galinha". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Na quinta série, no colégio, o diretor e a pedagoga mandaram chamar minha mãe. "Seu filho dança ballet, escreve teatro, só anda com as meninas, não joga futebol. Seu filho tá virando veado e a senhora apoia, não faz nada?". Minha mãe me defendeu, a chamaram de louca e ela me levou embora, aos prantos. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Também na quinta série, participei das Olimpíadas da escola, na modalidade salto à distância. Quando você corre e pula, naturalmente seus olhos arregalam. Quando pulei, jogaram areia nos meus olhos e gritaram "pula, bichinha". Fiquei alguns dias com os olhos feridos. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Algumas mães e irmãs de alguns dos poucos amigos homens que tinha pediram a eles, na minha frente, para se afastarem de mim, pois poderiam "ficar mal falados". Não era homofobia, elas estavam apenas se expressando.
Entre a sexta e a oitava série, me batiam de vez em quando no final da aula, me derrubavam nas aulas de educação física, alternavam meus apelidos entre "RuleBambi" e "Bailarina", e sempre repetiam "vira homem, veado". Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Na oitava série eu queria dançar quadrilha. Nenhuma das meninas quis dançar comigo, elas riam "Ah, Ru, você tinha que ser mais homem ou dançar com homem". Fiquei triste, e a professora de educação física disse "eu danço com você". Não era homofobia, elas estavam apenas se expressando.
No segundo grau mudei de escola e lá apanhei também. A diretora me mudou de sala, os novos colegas riam, mas não me batiam. Não era homofobia. Eles estavam apenas se expressando.
Quando trabalhei de garçom junto com meu pai, um dia fui sozinho. O cara que ficou de chefe no lugar do meu pai ordenou que "carregasse sozinho os botijões. Vamos ver se ele é homem mesmo". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Na faculdade, um colega de turma me agrediu fisicamente, pois eu o abracei quando o vi durante o almoço. "Tá me estranhando? O que você quer?", me disse ele. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Formado, trabalhando em um jornal impresso em início de trajetória, meu chefe me comunicou minha demissão "meu sócio, dono das máquinas disse que não quer veado no jornal". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Pouco depois uma amiga me convidou para a festa da irmã, eu e nosso grupo de amigos. Todos ganharam dois convites. Eu ganhei só um. Quando pedi o segundo convite ela me disse "Ru, é uma festa de família, não fica bem se você for acompanhado". Não era homofobia, ela e a família dela estavam apenas se expressando.
Certa vez, na Savassi, região nobre de Belo Horizonte, estava sentado na praça com meu par, um cara passou e cuspiu em nós. "Que nojo" ele disse, fomos defendidos por um policial. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Em 2008, escrevi sobre o preconceito contra gays e divulguei o texto no Orkut. Uma comunidade dita católica contra "homofacistas" (como alguns chamam os gays anti-homofóbicos) fez uma série de denúncias contra meu perfil ao Google, dizendo ter conteúdo impróprio, me perseguiram e ameaçaram virtualmente. Tive que criar outra conta no Orkut. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
São alguns dos tristes trechos dos quais me recordo. Já fui e sou desacreditado, oprimido e violentado verbal e fisicamente por pessoas que nunca esconderam o motivo para tal: eu ser gay. Mas, não se preocupe, não vou me fazer de vítima, não vou culpar a sociedade ou algum participante bronzeado, prateado ou dourado do Big Brother Brasil. Não, não era homofobia, nunca é. Eles sempre estavam e estão apenas se expressando. Eu também...
(Autor desconhecido)
Eu tinha dois anos de idade e gostava de imitar Michael Jackson, quando o via dançando na TV. Era louco com ele. Saí um dia com meu pai e fiquei murmurando a música do Michael e rebolando com minha mãe. "Seu filho já nasceu boiola", disse o amigo do meu pai que só parou de rir quando fomos embora. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Aos quatro anos comecei a dançar Ballet no Núcleo Artístico em Belo Horizonte, meus pais, irmão, avó e madrinha estavam nas apresentações e premiações, o restante da família e amigos não: "Isso não é coisa de homem. Não faz essas coisas de mariquinha", eles diziam. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
No pré-primário a professora me colocava sempre junto das meninas, pois os meninos me batiam, e não gostavam de sentar "perto da bichinha". Não era homofobia, eles apenas estavam se expressando.
Na primeira série pedi à diretora para apresentar uma peça de teatro na escola, apresentei e alguns me xingaram de "boiola, bicha" etc. Meu pai foi à escola reclamar e a professora disse a ele "tratam seu filho assim porque ele não é normal". Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Na quarta série um colega de sala me deu um tapa na cara e gritou comigo, "veadinho, essa vozinha de galinha". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Na quinta série, no colégio, o diretor e a pedagoga mandaram chamar minha mãe. "Seu filho dança ballet, escreve teatro, só anda com as meninas, não joga futebol. Seu filho tá virando veado e a senhora apoia, não faz nada?". Minha mãe me defendeu, a chamaram de louca e ela me levou embora, aos prantos. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Também na quinta série, participei das Olimpíadas da escola, na modalidade salto à distância. Quando você corre e pula, naturalmente seus olhos arregalam. Quando pulei, jogaram areia nos meus olhos e gritaram "pula, bichinha". Fiquei alguns dias com os olhos feridos. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Algumas mães e irmãs de alguns dos poucos amigos homens que tinha pediram a eles, na minha frente, para se afastarem de mim, pois poderiam "ficar mal falados". Não era homofobia, elas estavam apenas se expressando.
Entre a sexta e a oitava série, me batiam de vez em quando no final da aula, me derrubavam nas aulas de educação física, alternavam meus apelidos entre "RuleBambi" e "Bailarina", e sempre repetiam "vira homem, veado". Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
Na oitava série eu queria dançar quadrilha. Nenhuma das meninas quis dançar comigo, elas riam "Ah, Ru, você tinha que ser mais homem ou dançar com homem". Fiquei triste, e a professora de educação física disse "eu danço com você". Não era homofobia, elas estavam apenas se expressando.
No segundo grau mudei de escola e lá apanhei também. A diretora me mudou de sala, os novos colegas riam, mas não me batiam. Não era homofobia. Eles estavam apenas se expressando.
Quando trabalhei de garçom junto com meu pai, um dia fui sozinho. O cara que ficou de chefe no lugar do meu pai ordenou que "carregasse sozinho os botijões. Vamos ver se ele é homem mesmo". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Na faculdade, um colega de turma me agrediu fisicamente, pois eu o abracei quando o vi durante o almoço. "Tá me estranhando? O que você quer?", me disse ele. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Formado, trabalhando em um jornal impresso em início de trajetória, meu chefe me comunicou minha demissão "meu sócio, dono das máquinas disse que não quer veado no jornal". Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Pouco depois uma amiga me convidou para a festa da irmã, eu e nosso grupo de amigos. Todos ganharam dois convites. Eu ganhei só um. Quando pedi o segundo convite ela me disse "Ru, é uma festa de família, não fica bem se você for acompanhado". Não era homofobia, ela e a família dela estavam apenas se expressando.
Certa vez, na Savassi, região nobre de Belo Horizonte, estava sentado na praça com meu par, um cara passou e cuspiu em nós. "Que nojo" ele disse, fomos defendidos por um policial. Não era homofobia, ele estava apenas se expressando.
Em 2008, escrevi sobre o preconceito contra gays e divulguei o texto no Orkut. Uma comunidade dita católica contra "homofacistas" (como alguns chamam os gays anti-homofóbicos) fez uma série de denúncias contra meu perfil ao Google, dizendo ter conteúdo impróprio, me perseguiram e ameaçaram virtualmente. Tive que criar outra conta no Orkut. Não era homofobia, eles estavam apenas se expressando.
São alguns dos tristes trechos dos quais me recordo. Já fui e sou desacreditado, oprimido e violentado verbal e fisicamente por pessoas que nunca esconderam o motivo para tal: eu ser gay. Mas, não se preocupe, não vou me fazer de vítima, não vou culpar a sociedade ou algum participante bronzeado, prateado ou dourado do Big Brother Brasil. Não, não era homofobia, nunca é. Eles sempre estavam e estão apenas se expressando. Eu também...
(Autor desconhecido)
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