terça-feira, 11 de dezembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Por que homens procuram travestis?
Muitos parecem precisar de uma forma atenuada de sexo com outro homem. A ambiguidade dessa relação sugere muitas outras fantasias
Mendes tem 37 anos, cabeça raspada e brinco na orelha direita. Pelos modos e pela aparência, o rapaz branco de família evangélica não se distingue de outros milhões de jovens paulistanos, exceto por uma particularidade importante: ele namora um travesti, Flávia. Os dois se conheceram há cinco anos no centro de São Paulo e, de lá para cá, constituem um casal. Na semana passada, sentado ao lado de Flávia na sala de um apartamento na Rua General Osório, Mendes explicava, em voz pausada, as bases da relação.
“Nosso relacionamento é hétero”, afirma. Isso quer dizer que, no sexo, ele é a parte viril do casal, enquanto Flávia cumpre o papel de mulher. “Mas entre nós não existe só sexo. A gente tem amor e cuida um do outro.” Com cabelos negros e corpo esguio, Flávia ganha a vida se prostituindo nas ruas. Ele trabalha nas ruas como vendedor.
As palavras de Mendes revelam, sem explicar, um dos grandes mistérios da sexualidade moderna: a sedução exercida pelos travestis. Desde meados dos anos 70, quando despontaram nas esquinas das metrópoles brasileiras com saias minúsculas e seios exuberantes, essas criaturas híbridas conquistaram um espaço enorme no imaginário sexual do país. Todos os dias, milhares de homens se esgueiram por avenidas sombrias para comprar o prazer oferecido por seus corpos alterados. O risco envolvido nesse tipo de operação ficou claro há duas semanas, quando Ronaldo Nazário, o jogador de futebol mais famoso do mundo, transformou-se no protagonista de um escândalo que tinha como coadjuvantes três travestis do Rio de Janeiro. Ele foi com o grupo ao hotel Papillon e, durante a madrugada, desentendeu-se com um deles, Andréia Albertini. Acabaram todos na delegacia, de onde a história ganhou o mundo. A avalanche moral que desabou sobre Ronaldo a partir daí foi incapaz de responder à questão mais simples colocada pelo episódio: por que homens adultos e mesmo famosos arriscam segurança e reputação e vão atrás de travestis?
O antropólogo americano Don Kulick passou um ano vivendo com travestis em Salvador, sabe muito de seu cotidiano e mesmo de suas preferências íntimas. Mas não se arrisca a explicar quem são seus clientes. “Essa é uma grande incógnita. Embora acompanhasse os travestis todas as noites, não consegui distinguir um cliente típico”, diz. O livro de Kulick, professor da Universidade Nova York, sairá em português no fim deste mês, pela editora Fiocruz, com o título Travestis: Prostituição, Sexo, Gênero e Cultura no Brasil. Kulick conseguiu uma descrição razoavelmente rigorosa do que os fregueses exigem dos travestis. Durante um mês, pediu a cinco deles que registrassem o tipo de serviço prestado nas ruas. O resultado de 138 programas: em 52% dos casos os clientes queriam sodomizar, em 19% exigiam sexo oral, 18% queriam fazer aquilo que se costuma chamar de “troca-troca”, 9% pagaram para ser sodomizados e 2% para ser masturbados. “Não é insignificante que 27% dos homens nessa amostragem quisessem ser penetrados por travestis”, escreve s Kulick. “Mas esses homens não são maioria, como os travestis geralmente afirmam.”
O psiquiatra Sérgio Almeida trabalha com travestis em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e sua experiência corrobora em alguma medida a versão de Flávia. Cabe a Almeida a tarefa difícil de distinguir entre os travestis – definidos como homens que gostam de agir e sentir como mulher – e os transexuais, que se sentem mulheres aprisionadas em corpo masculino. Para estes, recomenda-se a cirurgia de troca de sexo. Para os travestis, ela equivale a uma mutilação e pode levar ao suicídio. Almeida gasta dois anos com cada paciente até decidir em que categoria ele se encaixa. “Desde 1997, fizemos 95 cirurgias e não tivemos nenhum problema”, afirma. O pós-operatório mostrou ao psiquiatra que ex-travestis são freqüentemente abandonados por seus parceiros quando perdem a anatomia masculina. E que os operados que insistem em continuar na prostituição perdem também a carteira de clientes. Algo de crucial desapareceu na cirurgia. “Não é verdade que os homens procuram travestis porque estes se parecem mulheres”, diz ele. “Eles querem o algo mais que as mulheres não têm.”
Os próprios envolvidos têm opiniões diferentes. Um leitor anônimo de epoca.com.br enviou depoimento no qual afirma, basicamente, que os travestis são a melhor opção sexoeconômica. Diz ele: “Já saí com vários travestis. O que me atraiu foi justamente o desejo físico pelos bumbuns e seios avantajados. Ficar com uma travesti para mim é conseguir a baixo preço uma mulher de porte e formas que eu jamais conseguiria pagar ou namorar”. Márcia, travesti paulista cuja foto abre esta reportagem, repele qualquer tentativa de analisar os homens com quem sai voluntariamente. “Para mim, homens que saem com travestis são heterossexuais de cabeça aberta, que topam qualquer coisa”, afirma. Advogado, casado, pai de uma moça, diz que tem impulsos de vestir-se e agir como mulher desde criança, mas que isso nunca o impediu de ter relações normais com mulheres: “Quando saio com um homem, ele não importa. O que me interessa é reforçar minha identidade de mulher”.
O mistério em torno dos homens que procuram travestis é proporcional à ignorância que cerca os próprios travestis. Como grupo populacional, eles são escarçamente estudados: não se tem a menor idéia de quantos sejam, no mundo ou no Brasil. Os líderes das organizações de travestis estimam que haja 5 mil ou 6 mil deles no Rio de Janeiro e uma quantidade muito maior – fala-se em 30 mil – em São Paulo. Nenhuma ciência ampara essas estimativas. Sabe-se que há travestis de Porto Alegre a Manaus, inclusive em cidades pequenas. Tem-se a impressão, entre os que lidam com o assunto, que o Brasil é o líder mundial nessa categoria – e o principal exportador para os países europeus, sobretudo Itália e Espanha. “O Brasil tem a maior população mundial de travestis e o maior número de travestis per capita”, afirma Kulick. Trata-se de uma opinião bem informada, mas é apenas opinião. Líderes de organizações de travestis como Keila Simpson, presidente da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, querem que o censo inclua perguntas que permitam quantificar os diferentes grupos sexuais do país. “Como se pode dirigir políticas públicas a uma população de tamanho ignorado?”, diz.
A palavra-chave quando se trata de explicar a atração exercida pelos travestis parece ser ambigüidade. Eles são percebidos simultaneamente como homem e mulher, uma incongruência que mexe com as profundezas da psique humana. “O travesti mobiliza o desejo como mobiliza a repulsa”, afirma a psicanalista carioca Regina Navarro Lins. Outra psicanalista, Maria Rita Kehl, vê duas razões no fascínio pelos travestis. A primeira é que, por ser uma mulher com pênis, ele captura os restos das fantasias sexuais infantis. A outra está no fato de os travestis encarnarem a feminilidade de uma forma absoluta, que nenhuma mulher contemporânea aceitaria. “Só um travesti saberia ser tão feminino quanto quer a fantasia de alguns homens”, diz Maria Rita. “Se alguém sabe o que é ‘ser mulher de verdade’ (uma ficção masculina), é justamente o travesti.” Os próprios travestis são taxativos ao afirmar que seus fregueses procuram neles a diferença: a mulher com falo, a fantasia, o risco. “Transgressão é essencial. O proibido atrai”, afirma Marjorie, travesti com 20 anos de experiência nas ruas, que hoje trabalha na Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Rio de Janeiro. “As coisas que se dizem sobre os homens que saem com travestis são lendas machistas.”
Paira sobre essa discussão uma palavra que os psicanalistas detestam: patologia. Sim, as pessoas têm o direito inalienável de manter relações sexuais com quem quiserem, desde que haja consentimento mútuo. Posto isso, cabe a pergunta: está bem de cabeça um homem casado (como parece ser a maior parte dos clientes dos travestis) que abre a porta de seu carro na porta do Jockey Club, em São Paulo, e paga R$ 40 por uma hora de sexo com um homem que parece ser mulher? Os especialistas não têm uma resposta unânime a isso.
Há os incapazes de lidar com seu próprio desejo por outros homens. Há os que buscam cumprir seu “papel social” no corpo feminilizado dos travestis. Há de tudo, e nem tudo é a festa do desejo que a modernidade implicitamente recomenda. Onde está o limite? Na dor. De acordo com o psiquiatra Ronaldo Pamplona da Costa, com mais de 30 anos de experiência terapêutica, muitos homens que saem com travestis o procuram em estado de sofrimento. Eis o que diz a respeito a psiquiatra Carmita Helena Abdo, que coordena o Projeto de Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo: “Se as pessoas fazem sexo responsável, não estão sofrendo e não me procuram, não quero normatizar a vida de ninguém”.
Ivan Martins
CABEÇA ABERTA

“Nosso relacionamento é hétero”, afirma. Isso quer dizer que, no sexo, ele é a parte viril do casal, enquanto Flávia cumpre o papel de mulher. “Mas entre nós não existe só sexo. A gente tem amor e cuida um do outro.” Com cabelos negros e corpo esguio, Flávia ganha a vida se prostituindo nas ruas. Ele trabalha nas ruas como vendedor.
As palavras de Mendes revelam, sem explicar, um dos grandes mistérios da sexualidade moderna: a sedução exercida pelos travestis. Desde meados dos anos 70, quando despontaram nas esquinas das metrópoles brasileiras com saias minúsculas e seios exuberantes, essas criaturas híbridas conquistaram um espaço enorme no imaginário sexual do país. Todos os dias, milhares de homens se esgueiram por avenidas sombrias para comprar o prazer oferecido por seus corpos alterados. O risco envolvido nesse tipo de operação ficou claro há duas semanas, quando Ronaldo Nazário, o jogador de futebol mais famoso do mundo, transformou-se no protagonista de um escândalo que tinha como coadjuvantes três travestis do Rio de Janeiro. Ele foi com o grupo ao hotel Papillon e, durante a madrugada, desentendeu-se com um deles, Andréia Albertini. Acabaram todos na delegacia, de onde a história ganhou o mundo. A avalanche moral que desabou sobre Ronaldo a partir daí foi incapaz de responder à questão mais simples colocada pelo episódio: por que homens adultos e mesmo famosos arriscam segurança e reputação e vão atrás de travestis?
O antropólogo americano Don Kulick passou um ano vivendo com travestis em Salvador, sabe muito de seu cotidiano e mesmo de suas preferências íntimas. Mas não se arrisca a explicar quem são seus clientes. “Essa é uma grande incógnita. Embora acompanhasse os travestis todas as noites, não consegui distinguir um cliente típico”, diz. O livro de Kulick, professor da Universidade Nova York, sairá em português no fim deste mês, pela editora Fiocruz, com o título Travestis: Prostituição, Sexo, Gênero e Cultura no Brasil. Kulick conseguiu uma descrição razoavelmente rigorosa do que os fregueses exigem dos travestis. Durante um mês, pediu a cinco deles que registrassem o tipo de serviço prestado nas ruas. O resultado de 138 programas: em 52% dos casos os clientes queriam sodomizar, em 19% exigiam sexo oral, 18% queriam fazer aquilo que se costuma chamar de “troca-troca”, 9% pagaram para ser sodomizados e 2% para ser masturbados. “Não é insignificante que 27% dos homens nessa amostragem quisessem ser penetrados por travestis”, escreve s Kulick. “Mas esses homens não são maioria, como os travestis geralmente afirmam.”
‘‘Não é irrelevante que 27% dos homens da amostragem quisessem ser penetrados pelos travestis’’
DON KULICK, antropólogo americano
A confiar apenas no que dizem os travestis, o porcentual de seus clientes que se portam como homossexual passivo é alto. “Nove em cada dez homens querem ser penetrados”, diz Flávia, a namorada de Mendes. “Se o travesti não for bem-dotado e ativo, não ganha a vida na rua.” Exagero? Talvez. Assim como as prostitutas, os travestis têm uma relação antagônica com aqueles que pagam para usar seu corpo. Muitos não suportam exercer o papel viril que se exige deles na prostituição e o fazem com grande sofrimento, porque não encontram outra forma de ganhar a vida. Vingam-se dessa situação degradante com a mesma arma que a sociedade usa para humilhá-los: questionam a hombridade do freguês e o ridicularizam.DON KULICK, antropólogo americano
O psiquiatra Sérgio Almeida trabalha com travestis em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e sua experiência corrobora em alguma medida a versão de Flávia. Cabe a Almeida a tarefa difícil de distinguir entre os travestis – definidos como homens que gostam de agir e sentir como mulher – e os transexuais, que se sentem mulheres aprisionadas em corpo masculino. Para estes, recomenda-se a cirurgia de troca de sexo. Para os travestis, ela equivale a uma mutilação e pode levar ao suicídio. Almeida gasta dois anos com cada paciente até decidir em que categoria ele se encaixa. “Desde 1997, fizemos 95 cirurgias e não tivemos nenhum problema”, afirma. O pós-operatório mostrou ao psiquiatra que ex-travestis são freqüentemente abandonados por seus parceiros quando perdem a anatomia masculina. E que os operados que insistem em continuar na prostituição perdem também a carteira de clientes. Algo de crucial desapareceu na cirurgia. “Não é verdade que os homens procuram travestis porque estes se parecem mulheres”, diz ele. “Eles querem o algo mais que as mulheres não têm.”
Os próprios envolvidos têm opiniões diferentes. Um leitor anônimo de epoca.com.br enviou depoimento no qual afirma, basicamente, que os travestis são a melhor opção sexoeconômica. Diz ele: “Já saí com vários travestis. O que me atraiu foi justamente o desejo físico pelos bumbuns e seios avantajados. Ficar com uma travesti para mim é conseguir a baixo preço uma mulher de porte e formas que eu jamais conseguiria pagar ou namorar”. Márcia, travesti paulista cuja foto abre esta reportagem, repele qualquer tentativa de analisar os homens com quem sai voluntariamente. “Para mim, homens que saem com travestis são heterossexuais de cabeça aberta, que topam qualquer coisa”, afirma. Advogado, casado, pai de uma moça, diz que tem impulsos de vestir-se e agir como mulher desde criança, mas que isso nunca o impediu de ter relações normais com mulheres: “Quando saio com um homem, ele não importa. O que me interessa é reforçar minha identidade de mulher”.
O mistério em torno dos homens que procuram travestis é proporcional à ignorância que cerca os próprios travestis. Como grupo populacional, eles são escarçamente estudados: não se tem a menor idéia de quantos sejam, no mundo ou no Brasil. Os líderes das organizações de travestis estimam que haja 5 mil ou 6 mil deles no Rio de Janeiro e uma quantidade muito maior – fala-se em 30 mil – em São Paulo. Nenhuma ciência ampara essas estimativas. Sabe-se que há travestis de Porto Alegre a Manaus, inclusive em cidades pequenas. Tem-se a impressão, entre os que lidam com o assunto, que o Brasil é o líder mundial nessa categoria – e o principal exportador para os países europeus, sobretudo Itália e Espanha. “O Brasil tem a maior população mundial de travestis e o maior número de travestis per capita”, afirma Kulick. Trata-se de uma opinião bem informada, mas é apenas opinião. Líderes de organizações de travestis como Keila Simpson, presidente da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, querem que o censo inclua perguntas que permitam quantificar os diferentes grupos sexuais do país. “Como se pode dirigir políticas públicas a uma população de tamanho ignorado?”, diz.

Paira sobre essa discussão uma palavra que os psicanalistas detestam: patologia. Sim, as pessoas têm o direito inalienável de manter relações sexuais com quem quiserem, desde que haja consentimento mútuo. Posto isso, cabe a pergunta: está bem de cabeça um homem casado (como parece ser a maior parte dos clientes dos travestis) que abre a porta de seu carro na porta do Jockey Club, em São Paulo, e paga R$ 40 por uma hora de sexo com um homem que parece ser mulher? Os especialistas não têm uma resposta unânime a isso.
“Só um travesti saberia ser tão feminino quanto quer a fantasia de alguns homens”, diz uma psicanalista
Liberais dizem que, bolas, desejo é desejo, e não se pode explicar ou reprimir. Há que aceitar. “Entendo que os homens que só se realizam sexualmente com travestis possam estar mal resolvidos em sua orientação sexual”, diz Maria Rita Kehl. “Mas considerar que todos os que gostam de travestis são homossexuais acovardados é uma redução preconceituosa.” Na outra ponta, fala-se em sofrimento e confusão por trás dessa forma específica de prazer. “Para alguns homens é patológico”, afirma o psicanalista Oswaldo Rodrigues, do Instituto Paulista de Sexualidade. “Muitos fazem isso num impulso de autodestruição.”Há os incapazes de lidar com seu próprio desejo por outros homens. Há os que buscam cumprir seu “papel social” no corpo feminilizado dos travestis. Há de tudo, e nem tudo é a festa do desejo que a modernidade implicitamente recomenda. Onde está o limite? Na dor. De acordo com o psiquiatra Ronaldo Pamplona da Costa, com mais de 30 anos de experiência terapêutica, muitos homens que saem com travestis o procuram em estado de sofrimento. Eis o que diz a respeito a psiquiatra Carmita Helena Abdo, que coordena o Projeto de Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo: “Se as pessoas fazem sexo responsável, não estão sofrendo e não me procuram, não quero normatizar a vida de ninguém”.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Lembrete: Wandy Alves convidou você para entrar no Facebook...
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domingo, 22 de julho de 2012
Porque os casais homossexuais podem ser os melhores pais

O casamento gay e a questão de pais homossexuais estiveram na boca de todos nos últimos tempos. Nesse mês, o Papa Bento XVI disse que o casamento gay é uma “ameaça ao futuro da humanidade”, citando a necessidade do crescimento de crianças com casais heterossexuais.
Mas pesquisas com famílias lideradas por homens e mulheres gays não traz nenhum resultado desastroso. De fato, algumas vezes, pais gays podem trazer talentos à mesa que os heterossexuais não conseguem.
Os pais gays “tendem a ser mais motivados, mais comprometidos do que os heterossexuais, na média, porque escolhem serem pais”, afirma a psicóloga Abbie Goldberg, que pesquisa esse tipo de caso. De acordo com ela, gays e lésbicas raramente viram pais por acidente, em comparação com quase 50% de gravidez acidental entre os heterossexuais. “Isso dá mais comprometimento e envolvimento, em geral”.
E enquanto pesquisas indicam que os filhos de pais gays apresentam diferença quase nula de aprendizagem, saúde, funcionamento social e outras medidas, essas crianças podem ter a vantagem de possuir uma mente mais aberta, tolerante e modelos de comportamento para relações igualitárias, de acordo com outros estudos. Não só isso, mas de acordo com pesquisas, pais homossexuais tendem também a oferecer casa para crianças difíceis do sistema de adoção.
A adoção gay causou controvérsia no estado americano de Illinois, onde serviços de adoção católicos decidiram parar de oferecer os serviços porque o estado se recusou a disponibilizar fundos, a menos que os grupos concordassem em não discriminar os gays.
Deixando de lado a oposição católica, pesquisas sugerem que pais gays são uma fonte poderosa para crianças que precisam ser adotadas. De acordo com um estudo de 2007, 65 mil crianças americanas estavam vivendo com pais adotivos homossexuais, entre 2000 e 2002, com outras 14 mil em casas de adoção lideradas por gays. (Existem mais de 100 mil crianças, atualmente, nessa situação, nos EUA).
Um estudo de outubro de 2011, do Instituto de Adoção Evan B. Donaldson, descobriu que das adoções por pais gays em mais de 300 agências, 10% das crianças tinham mais de seis anos – uma idade tipicamente difícil de ser adotada. Cerca de 25% tinha mais de três anos; 60% dos casais adotou raças diferentes, o que é importante já que crianças que são minorias tendem a se manter no sistema de adoção; e mais da metade das crianças adotadas tinham necessidades especiais.
De acordo com o autor David Brodzinsky, o estudo não comparou as preferências adotivas dos heterossexuais. Mas pesquisas sugerem que os gays tendem a adotar crianças mais velhas, com necessidades especiais e minorias. Parte disso poderia ser de suas preferências, e outra por causa da discriminação nas agências que coloca as crianças mais “difíceis” para os pais “menos desejados”.
Brodzinsky afirma que não importa como você encare isso, os gays se interessam na adoção como um grupo. Um estudo de 2007, do Instituo Urban, revelou que mais da metade dos pais gays e 41% das lésbicas, nos Estados Unidos, gostariam de adotar. Numericamente isso corresponde a dois milhões de pessoas para adoção. “É uma reserva enorme de pais em potencial que poderiam tirar as crianças do sistema instável de adoção”, comenta Brodzinsky.
“Quando você pensa nas 114 mil crianças que estão prontas para serem adotadas mas continuam vivendo em casas de adoção, o objetivo é aumentar a reserva de pais disponíveis, interessados e treinados para serem pais delas”, comenta Brodzinsky.
E ainda, o pesquisador comenta que existe evidências sugerindo que os gays aceitam adoções abertas, quando a criança continua tendo algum contato com os pais biológicos. E as estatísticas dizem que esses pais não têm problemas em suas crianças serem criadas por casais do mesmo sexo.
“O interessante é que encontramos uma pequena porcentagem, mas o suficiente para ser notada, de mães biológicas que fazem a decisão consciente de deixar o filho com homens gays, para que sejam a única mãe na vida da criança”, afirma Brodzinsky.
Boa criação
Pesquisas mostram que filhos de casais do mesmo sexo – adotados ou biológicos – não são piores do que os filhos de heterossexuais na saúde mental, funcionamento social, desempenho escolar e outras variedades de sucesso na vida.
Em 2010, os sociólogos Tim Biblarz e Judith Stacey reviram quase todos os estudos sobre pais gays, e não descobriu nenhuma diferença entre crianças criadas em casas com pais heterossexuais e em casas com mães lésbicas. “Não há dúvida de que crianças com mães lésbicas vão crescer e ser ajustadas socialmente e obter sucesso como as crianças com pai e mãe”, afirma Stacey.
Há muito pouca pesquisa sobre homens, pais, homossexuais, então Stacey e Biblarz não conseguiriam chegar a conclusões nesse ponto. Mas Stacey suspeita que homens gays “seriam os melhores pais na média”, comenta.
Ela afirma que isso é especulação, mas se lésbicas têm que planejar para ter uma criança, isso é ainda mais difícil para homens gays. Para Stacey, os dois devem estar muito comprometidos. Homens gays também podem experimentar menos conflitos parentais, já que a maioria das lésbicas usam doações de esperma para ter uma criança, então uma mãe é a biológica, o que pode criar conflito por proximidade à criança.
“Com homens gays, você não tem esse fator”, comenta. “Nenhum deles fica grávido, nem amamenta, o que não gera essa assimetria no relacionamento”.
E para aqueles que dizem que uma criança precisa de um pai e uma mãe em casa, Stacey afirma que estão esquecendo pesquisas que comparam filhos de pais solteiros e de casais. Dois bons pais são melhores do que um, mas um bom pai é melhor do que dois ruins. E a opção sexual não parece afetar isso. Mesmo que existam diferenças entre como homens e mulheres criam os filhos, ela afirma que há muito mais diversidade dentro dos gêneros do que entre eles.
“Dois pais heterossexuais com o mesmo passado, classe, raça e religião são mais parecidos na maneira como criam os filhos do que um é igual todos os homens e outra como todas as mulheres”, comenta Stacey.
Para Goldberg, os únicos locais consistentes onde você pode encontrar diferenças entre crianças de casais gays e de heterossexuais está na tolerância e abertura de conceitos. Em um estudo de 2007, ele conduziu entrevistas com 46 adultos com pelo menos um pai gay. Vinte e oito falaram espontaneamente que se sentiam mais abertos mentalmente e empáticos do que aqueles não criados nessas condições.
“Esses indivíduos sentem que suas perspectivas sobre família, gênero ou sexualidade são muito acrescentadas por crescerem com pais gays”, comenta Goldberg.
Um homem de 33 anos, com uma mãe lésbica, afirmou à Goldberg: “Eu me sinto mais aberto por ter sido criado em uma família não tradicional, e penso que aqueles que me conhecem iriam concordar. Minha mãe me abriu para o impacto positivo das diferenças entre as pessoas”.
Crianças com pais homossexuais também comentaram que se sentem menos bloqueados por estereótipos de sexualidade do que se tivesse nascido em casas heterossexuais. Isso porque casais homossexuais tendem a possuir uma relação mais igualitária.
“Homens e mulheres sentiam que eram mais livres para procurar uma série de interesses”, afirma Goldberg. “Ninguém estava dizendo para eles, ‘Oh, você não pode fazer isso, isso é coisa de menino’, ou ‘Coisa de menina’”.
Aceitação do mesmo sexo
O sociólogo Brian Powell argumenta que se o casamento entre pessoas do mesmo sexo tem alguma desvantagem, a culpa não é da escolha dos pais, mas da reação da sociedade sobre essas famílias.
“Imagine ser uma criança vivendo em um estado onde, legalmente, apenas um dos pais pode ser seu pai”, comenta Powell. “Nessas situações, a família não é vista como autêntica ou real pelos outros. E seria uma desvantagem”.
Em sua pesquisa, Goldberg descobriu que muitos filhos de casais gays pensam que mais aceitação das famílias homossexuais ajudaria a resolver o problema.
Em um estudo desse ano, Goldberg entrevistou outro grupo de 49 adolescentes e adultos jovens com pais gays, e descobriu que nenhum deles rejeitava o direito de homossexuais se casarem. Muitos citaram benefícios legais e aceitação social.

“Esse estudo mostra que, se você está sentindo o tipo de reação visceral contra outro grupo, você deveria se perguntar ‘porque?’”, afirma um dos autores, Richard Ryan. “Algumas vezes, as pessoas são hostis com os gays e lésbicas porque têm medo dos próprios impulsos e podem não aceitar os outros porque não conseguem aceitar a si mesmos”.Um novo estudo sugere um pouco de autorreflexão entre aqueles que são hostis com os gays: talvez os agressores também sejam homossexuais.
Entretanto, Ryan deixa claro que essa ligação não é a única fonte de sentimentos anti-gays. Não é porque alguém os odeia, que definitivamente também é gay.
Homossexualidade escondida
Em quatro estudos, os pesquisadores analisaram as diferenças entre o que as pessoas dizem sobre sua orientação sexual e sua orientação verdadeira, baseado no tempo das reações.
Os participantes tiveram que categorizar palavras e imagens como sendo “gays” ou “heteras”. Entre as palavras, estavam “gay”, “hétero”, “homossexual” e “heterossexual”; as imagens mostravam casais gays e heterossexuais. A primeira palavra a aparecer era “eu” e “outros”. De acordo com os pesquisadores, reações rápidas para “eu” com “gay”, e devagar para “eu” e “heterossexual”, indicavam uma orientação homossexual implícita.
Em outro experimento, a orientação verdadeira foi analisada com os participantes escolhendo entre ver fotos do mesmo sexo ou do sexo oposto. Questionários também foram feitos para analisar o tipo de pais que os participantes possuíam.
Pais controladores
Em todos os estudos, participantes com pais mais abertos e compreensivos estavam mais em contato com sua orientação sexual verdadeira. Aqueles que apontaram os pais como autoritários tiveram a maior discrepância entre a orientação sexual apontada e a “calculada”.
“Em uma sociedade predominantemente heterossexual, conhecer a si mesmo pode ser um desafio para muitas pessoas homossexuais. Em casas controladoras e homofóbicas, abraçar uma orientação sexual minoritária pode ser terrível”, afirma a líder do estudo, Netta Weinstein.
Os participantes que afirmaram ser heterossexuais, mas que possuíam desejos escondidos pelo mesmo sexo, também foram os que demonstraram mais hostilidade contra os gays, inclusive apoiando punições contra eles.
O que todo cristão deve saber sobre homossexualidade.
"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!" (João, 8:32)
1) Não há, na Bíblia, nenhuma só vez as palavras homossexual, lésbica ou homossexualidade. Todas as Bíblias que empregam estas expressões estão erradas e mal traduzidas. A palavra homossexual só foi criada em 1869, reunindo duas raízes lingüísticas: Homo (do Grego, significando "igual") e Sexual (do latim). Portanto, como a Bíblia foi escrita entre 2 e 4 mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados terem usado uma palavra inventada só no século passado. Elementar, irmão!
2) A prática do amor entre pessoas do mesmo gênero, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia. Há documentos egípcios de 500 anos antes de Abraão, que revelam práticas homossexuais não somente entre os homens, mas também entre Deuses Horus e Seth. Segundo o poeta e escritor Goethe, "a homossexualidade é tão antiga quanto a humanidade". Certamente, cada tempo com sua experiência singular, mas com o mesmo direcionar de desejo: o igual.
3) No antigo Oriente, a homossexualidade foi muito praticada. Entre os Hititas, povo vizinho e inimigo de Israel, havia mesmo uma lei autorizando o casamento entre homens (1.400 antes de Cristo). Como explicar, então, que, entre as abominações do Levítico, apareça esta condenação: "O homem que dormir com outro homem como se fosse mulher, comete uma abominação, ambos serão réus de morte" (Levítico, 18:22 e 20:12). Segundo os Exegetas (estudiosos das escrituras sagradas), fazia parte da tradição de inúmeras religiões de localidades circunvizinhas à Israel, a prática de rituais homoeróticos, de modo que esta condenação visa fundamentalmente afastar a ameaça daqueles rituais idolátricos e não a homossexualidade em si. Prova disto é que estes versículos condenam apenas a homossexualidade masculina: teria Deus Todo Poderoso se esquecido das lésbicas ou, para Javé, a homossexualidade feminina não era pecado? Considerando que, do imenso número de leis do Pentateuco, apenas duas vezes há referência à homossexualidade (e só à masculina), concluem os exegetas que a supervalorização que os cristãos conferem a este versículos é sintoma claro e evidente de intolerância machista de nossa sociedade, um entulho histórico, e não um desígnio eterno de Javé, do mesmo modo que inúmeras outras abominações do Levítico, como os tabus alimentares (por exemplo, comer carne de porco) e os tabus relativos ao esperma e ao sangue menstrual, hoje completamente abandonadas e esquecidas. Por que católicos e protestantes conservam somente a negação contra a homossexualidade, enquanto abandonaram dezenas de outras proibições decretadas pelo mesmo Senhor?. Intolerância machista e ignorância que Freud explica!
4) Se a homossexualidade fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre David e Jônatas?! Eis a declaração do salmista para seu bem-amado: "Tua amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente querido!" (II Samuel, 1:26). Alguns crentes argumentarão que se tratava apenas de um amor espiritual, ágape. Preconceito primário, pois só as coisas materiais são referidas com a expressão "delicioso", e não resta a sobra da menor dúvida que David, em sua juventude, foi adepto do "amor que não ousava dizer o nome". Não foi gratuitamente que o maior escultor de nossa civilização, Miguel Ângelo, ele próprio, também homossexual, escolheu o jovem Davi, nu, como modelo de sua famosa escultura de Florença, na Itália. Negar o amor homossexual entre estes dois importantes personagens bíblicos ("amizade mais maravilhosa que o amor (Eros) das mulheres") é negar a própria evidência dos fatos. "Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvido, não ouvis?!" (Marcos, 8:18).
5) Pelo visto, embora o Levítico fosse extremamente severo contra a prática da cópula anal (determinando igualmente a pena de morte contra o adultério e o bestialismo), outros livros sagrados revelam maior tolerância face ao homoerotismo. O Eclesiastes ensina: "É melhor viverem dois homens juntos do que separados. Se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor" (4:11). Num país quente como a Judéia, o interesse em dormir junto só podia ser mesmo erótico. Portanto, na teoria o Levítico era uma coisa e a prática, desde os tempos bíblicos, parece ter sido outra. "Deus nos fez ministros da nova aliança, não a da letra e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." (II Coríntios, 3:6)
6) A destruição de Sodoma e Gomorra? Indagarão alguns. Oferecemos três informações fundamentais e cientificamente comprovadas que, em geral, são propositadamente escondidas e desconhecidas pelos cristãos: 1) não há evidência histórica ou arqueológica que confirme a real existência dessas cidades; 2) este relato é obra dos "Javistas" (escritores bíblicos do século X a.C.), que se apropriaram de relatos mitológicos de outros povos anteriores aos judeus; 3) a própria destruição da suposta intenção homoerótica dos habitantes de Sodoma em relação aos três visitantes de Abraão (anjos ou homens?) apresenta dificuldades sérias de interpretação, pois quando os habitantes de Sodoma declararam desejar conhecer os visitantes, maliciosamente se interpretou o verbo "conhecer" como sinônimo de "ato sexual". Segundo os exegetas, das 943 vezes que aparece esta palavra no Antigo Testamento ("yadac" em hebraico), em apenas 10 ela tem significado heterossexual - nenhuma vez o sentido homossexual. A associação do pecado dos "sodomitas e gorromitas" com a homossexualidade é um grave erro histórico, que tem sua oficialização pela igreja católica apenas na Idade Média, a "idade das trevas".
7) A própria Bíblia e o filho de Deus nos dão a chave para corrigir esta maliciosa identificação de Sodoma e Gomorra com a homossexualidade. Segundo os mais respeitados estudiosos das Sagradas Escrituras, o pecado de Sodoma é a injustiça e a anti-hospitalidade, nunca a violação homossexual. Prova disto, é que todos os textos que aludem à Sodoma no Antigo Testamento atribuem sua destruição a outros pecados e não ao "homossexualismo": falta de justiça (Isaías, 1:10 e 3:9), adultério, mentira e falta de arrependimento (Jeremias, 23:14); orgulho, intemperança na comida, ociosidade e "por não ajudar o pobre e indigente" (Ezequiel, 16:49); insensatez, insolência e falta de hospitalidade (Sabedoria, 10:8; 19;14; Eclesiástico, 16:8). No Novo Testamento, não há qualquer ligação da destruição de Sodoma com a sexualidade e, muito menos, com a homossexualidade (Mateus,10:14; Lucas, 10:12 e 17:29). Só nos livros neotestamentários tardios de Judas e Pedro, é que aparece em toda a Bíblia alguma conexão entre Sodoma e a sexualidade (Judas, 6:7, Pedro, 2:4 e 6;10). Mesmo aí, inexiste relação com o "homoerotismo".
8) Dirão, agora, os crentes mais intolerantes: e as condenações de São Paulo aos homossexuais? Autoridades exegetas protestantes e católicas - como Mcneill, Thevenot, Noth, Kosnik, e muitos outros -, ao examinarem, cuidadosamente, na língua original, os textos das Epístolas aos Romanos 1:2, I Coríntios 6:9, Colosences 3:5 e I Timóteo 1:10, concluíram que, até agora, os cristãos têm dado uma interpretação errada a estas passagens. Quando Paulo diz que certas categorias de pecadores não entrarão no Reino dos Céus - ao lado dos adúlteros, bêbados, ladrões etc... - muitas Bíblias incluem nesta lista os "efeminados" e "homossexuais". Logo de início, há uma condenação injusta, pois muitos efeminados (como muitas mulheres masculinizadas no comportamento) não são necessariamente homossexuais. As mais modernas e abalizadas pesquisas exegéticas concluem que, se Paulo de Tarso quisesse condenar especificamente os praticantes do homoerotismo, teria empregado o termo corrente em sua época e de seu perfeito conhecimento, "pederastas". Em vez desta palavra, Paulo usou as expressões gregas "malakoi", "arsenokoitai" e "pornoi" - que as melhores edições da Bíblia em português traduzem por "pervetores", "pervertidos" e "imorais". Portanto, foram estes pecadores que Paulo incluiu na lista dos afastados do Reino dos Céus, e não os "pederastas", e muito menos os "homossexuais", palavra desconhecida na Antigüidade. Segundo os historiadores, vivendo São Paulo numa época de grande licenciosidade sexual - tempo de Calígula, Nero e de Satiricon -, esperando o próximo retorno do Cristo e o fim do mundo, ele condenou, sim, os excessos e abusos sexuais dos povos vizinhos, mas nunca o amor inocente e recíproco, tal qual o de David e Jônatas. Há teólogos protestantes que chegam a diagnosticar Paulo de Tarso como homossexual latente (alusão feita por ele próprio ao misterioso "espinho na carne" que tanto o preocupava, além de sua manifesta e cruel "misoginia" ou ódio às mulheres). E, se a condenação paulina inclui também os bêbados, corruptos, caluniadores, por que atirar tanta pedra somente nos homossexuais? Também aqui, Freud explica! E tem mais: o próprio Filho de Deus disse que "há eunucos que assim nasceram desde o seio de suas mães" (Mateus 19:12), ensinando, num sentido figurado, que faz parte dos planos do Criador que alguns homens tenham uma sexualidade não reprodutora biologicamente. Todos somos imagem de Deus!
9) O maior argumento para se comprovar que as Escrituras Sagradas não condenam o amor entre pessoas do mesmo gênero, é o fato de Jesus Cristo nunca ter falado nenhuma palavra contra os homossexuais! Se o "homossexualismo" fosse uma coisa tão abominável, certamente o Filho de Deus teria incluído esse tema em sua mensagem. O que Jesus condenou, sim, foi a dureza de coração, a intolerância dos fariseus hipócritas, a crueldade daqueles que dizem Senhor, Senhor!, mas esquecem da caridade e do respeito aos outros (Mateus, 7:21). E foi o próprio Messias quem deu o exemplo de tolerância em relação aos "desviados", andando e comendo com prostitutas, pecadores e publicanos. E tem mais: Jesus Cristo mostrou-se particularmente aberto à homossexualidade, revelando carinhosa predileção por João Evangelista, "o discípulo que Jesus amava", o qual, na última Ceia, esteve delicadamente recostado no peito do Divino Mestre. Há teólogos que chegam a sugerir que Jesus era homossexual, pois além de nunca ter condenado o homoerotismo, conviveu predominantemente com companheiros do seu próprio gênero, manifestou particular predileção pelo adolescente João e nunca se casou, além de revelar muita sensibilidade com as crianças e com os lírios do campo, comportamentos muito mais comuns entre homossexuais do que entre machões. O ensinamento do discípulo que Jesus amava não podia ser mais claro: "Filhinhos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e tudo o que é amor é nascido de Deus e conhece a Deus" (I João, 4:4).
10) A Bíblia é um livro muito antigo, repleto de imagens simbólicas, parábolas e figurações. Interpretar as Escrituras ao pé da letra é ignorância, fanatismo e até pecado, pois o próprio Filho de Deus garantiu: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.
Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á a verdade" (João, 16:12). Do mesmo modo como Galileu ensinou-nos a verdade a respeito da Astronomia, corrigindo a Bíblia e opondo-se à crença dos cristãos de sua época, assim também hoje todos os ramos da Ciência garantem que a homossexualidade é um comportamento normal, saudável e tão digno moralmente como a orientação sexual da maioria das pessoas. Negar esta evidência científica é repetir a mesma ignorância intolerante do Papa que condenou Galileu. Não devemos temer a verdade que liberta, pois o próprio Jesus nos mandou imitar "o escriba instruído nas coisas do Reino dos Céus, que como um pai de família, tira de seu tesouro coisas novas e velhas" (Mateus, 13:52). Mesmo que o Papa ou os pastores continuem a negar os direitos humanos dos gays e lésbicas, mesmo que cristãos ignorantes continuem a repetir as ultrapassadas abominações do Velho Testamento, para os verdadeiros crentes o que vale é o exemplo do Filho de Deus, Jesus Cristo, que nunca condenou a prática da homossexualidade. "E conhecereis a verdade, a verdade vos libertará!" (João, 8:32).
1) Não há, na Bíblia, nenhuma só vez as palavras homossexual, lésbica ou homossexualidade. Todas as Bíblias que empregam estas expressões estão erradas e mal traduzidas. A palavra homossexual só foi criada em 1869, reunindo duas raízes lingüísticas: Homo (do Grego, significando "igual") e Sexual (do latim). Portanto, como a Bíblia foi escrita entre 2 e 4 mil anos atrás, não poderiam os escritores sagrados terem usado uma palavra inventada só no século passado. Elementar, irmão!
2) A prática do amor entre pessoas do mesmo gênero, porém, é muito mais antiga que a própria Bíblia. Há documentos egípcios de 500 anos antes de Abraão, que revelam práticas homossexuais não somente entre os homens, mas também entre Deuses Horus e Seth. Segundo o poeta e escritor Goethe, "a homossexualidade é tão antiga quanto a humanidade". Certamente, cada tempo com sua experiência singular, mas com o mesmo direcionar de desejo: o igual.
3) No antigo Oriente, a homossexualidade foi muito praticada. Entre os Hititas, povo vizinho e inimigo de Israel, havia mesmo uma lei autorizando o casamento entre homens (1.400 antes de Cristo). Como explicar, então, que, entre as abominações do Levítico, apareça esta condenação: "O homem que dormir com outro homem como se fosse mulher, comete uma abominação, ambos serão réus de morte" (Levítico, 18:22 e 20:12). Segundo os Exegetas (estudiosos das escrituras sagradas), fazia parte da tradição de inúmeras religiões de localidades circunvizinhas à Israel, a prática de rituais homoeróticos, de modo que esta condenação visa fundamentalmente afastar a ameaça daqueles rituais idolátricos e não a homossexualidade em si. Prova disto é que estes versículos condenam apenas a homossexualidade masculina: teria Deus Todo Poderoso se esquecido das lésbicas ou, para Javé, a homossexualidade feminina não era pecado? Considerando que, do imenso número de leis do Pentateuco, apenas duas vezes há referência à homossexualidade (e só à masculina), concluem os exegetas que a supervalorização que os cristãos conferem a este versículos é sintoma claro e evidente de intolerância machista de nossa sociedade, um entulho histórico, e não um desígnio eterno de Javé, do mesmo modo que inúmeras outras abominações do Levítico, como os tabus alimentares (por exemplo, comer carne de porco) e os tabus relativos ao esperma e ao sangue menstrual, hoje completamente abandonadas e esquecidas. Por que católicos e protestantes conservam somente a negação contra a homossexualidade, enquanto abandonaram dezenas de outras proibições decretadas pelo mesmo Senhor?. Intolerância machista e ignorância que Freud explica!
4) Se a homossexualidade fosse prática tão condenável, como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre David e Jônatas?! Eis a declaração do salmista para seu bem-amado: "Tua amizade me era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente querido!" (II Samuel, 1:26). Alguns crentes argumentarão que se tratava apenas de um amor espiritual, ágape. Preconceito primário, pois só as coisas materiais são referidas com a expressão "delicioso", e não resta a sobra da menor dúvida que David, em sua juventude, foi adepto do "amor que não ousava dizer o nome". Não foi gratuitamente que o maior escultor de nossa civilização, Miguel Ângelo, ele próprio, também homossexual, escolheu o jovem Davi, nu, como modelo de sua famosa escultura de Florença, na Itália. Negar o amor homossexual entre estes dois importantes personagens bíblicos ("amizade mais maravilhosa que o amor (Eros) das mulheres") é negar a própria evidência dos fatos. "Tendo olhos, não vedes? E tendo ouvido, não ouvis?!" (Marcos, 8:18).
5) Pelo visto, embora o Levítico fosse extremamente severo contra a prática da cópula anal (determinando igualmente a pena de morte contra o adultério e o bestialismo), outros livros sagrados revelam maior tolerância face ao homoerotismo. O Eclesiastes ensina: "É melhor viverem dois homens juntos do que separados. Se os dois dormirem juntos na mesma cama se aquecerão melhor" (4:11). Num país quente como a Judéia, o interesse em dormir junto só podia ser mesmo erótico. Portanto, na teoria o Levítico era uma coisa e a prática, desde os tempos bíblicos, parece ter sido outra. "Deus nos fez ministros da nova aliança, não a da letra e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." (II Coríntios, 3:6)
6) A destruição de Sodoma e Gomorra? Indagarão alguns. Oferecemos três informações fundamentais e cientificamente comprovadas que, em geral, são propositadamente escondidas e desconhecidas pelos cristãos: 1) não há evidência histórica ou arqueológica que confirme a real existência dessas cidades; 2) este relato é obra dos "Javistas" (escritores bíblicos do século X a.C.), que se apropriaram de relatos mitológicos de outros povos anteriores aos judeus; 3) a própria destruição da suposta intenção homoerótica dos habitantes de Sodoma em relação aos três visitantes de Abraão (anjos ou homens?) apresenta dificuldades sérias de interpretação, pois quando os habitantes de Sodoma declararam desejar conhecer os visitantes, maliciosamente se interpretou o verbo "conhecer" como sinônimo de "ato sexual". Segundo os exegetas, das 943 vezes que aparece esta palavra no Antigo Testamento ("yadac" em hebraico), em apenas 10 ela tem significado heterossexual - nenhuma vez o sentido homossexual. A associação do pecado dos "sodomitas e gorromitas" com a homossexualidade é um grave erro histórico, que tem sua oficialização pela igreja católica apenas na Idade Média, a "idade das trevas".
7) A própria Bíblia e o filho de Deus nos dão a chave para corrigir esta maliciosa identificação de Sodoma e Gomorra com a homossexualidade. Segundo os mais respeitados estudiosos das Sagradas Escrituras, o pecado de Sodoma é a injustiça e a anti-hospitalidade, nunca a violação homossexual. Prova disto, é que todos os textos que aludem à Sodoma no Antigo Testamento atribuem sua destruição a outros pecados e não ao "homossexualismo": falta de justiça (Isaías, 1:10 e 3:9), adultério, mentira e falta de arrependimento (Jeremias, 23:14); orgulho, intemperança na comida, ociosidade e "por não ajudar o pobre e indigente" (Ezequiel, 16:49); insensatez, insolência e falta de hospitalidade (Sabedoria, 10:8; 19;14; Eclesiástico, 16:8). No Novo Testamento, não há qualquer ligação da destruição de Sodoma com a sexualidade e, muito menos, com a homossexualidade (Mateus,10:14; Lucas, 10:12 e 17:29). Só nos livros neotestamentários tardios de Judas e Pedro, é que aparece em toda a Bíblia alguma conexão entre Sodoma e a sexualidade (Judas, 6:7, Pedro, 2:4 e 6;10). Mesmo aí, inexiste relação com o "homoerotismo".
8) Dirão, agora, os crentes mais intolerantes: e as condenações de São Paulo aos homossexuais? Autoridades exegetas protestantes e católicas - como Mcneill, Thevenot, Noth, Kosnik, e muitos outros -, ao examinarem, cuidadosamente, na língua original, os textos das Epístolas aos Romanos 1:2, I Coríntios 6:9, Colosences 3:5 e I Timóteo 1:10, concluíram que, até agora, os cristãos têm dado uma interpretação errada a estas passagens. Quando Paulo diz que certas categorias de pecadores não entrarão no Reino dos Céus - ao lado dos adúlteros, bêbados, ladrões etc... - muitas Bíblias incluem nesta lista os "efeminados" e "homossexuais". Logo de início, há uma condenação injusta, pois muitos efeminados (como muitas mulheres masculinizadas no comportamento) não são necessariamente homossexuais. As mais modernas e abalizadas pesquisas exegéticas concluem que, se Paulo de Tarso quisesse condenar especificamente os praticantes do homoerotismo, teria empregado o termo corrente em sua época e de seu perfeito conhecimento, "pederastas". Em vez desta palavra, Paulo usou as expressões gregas "malakoi", "arsenokoitai" e "pornoi" - que as melhores edições da Bíblia em português traduzem por "pervetores", "pervertidos" e "imorais". Portanto, foram estes pecadores que Paulo incluiu na lista dos afastados do Reino dos Céus, e não os "pederastas", e muito menos os "homossexuais", palavra desconhecida na Antigüidade. Segundo os historiadores, vivendo São Paulo numa época de grande licenciosidade sexual - tempo de Calígula, Nero e de Satiricon -, esperando o próximo retorno do Cristo e o fim do mundo, ele condenou, sim, os excessos e abusos sexuais dos povos vizinhos, mas nunca o amor inocente e recíproco, tal qual o de David e Jônatas. Há teólogos protestantes que chegam a diagnosticar Paulo de Tarso como homossexual latente (alusão feita por ele próprio ao misterioso "espinho na carne" que tanto o preocupava, além de sua manifesta e cruel "misoginia" ou ódio às mulheres). E, se a condenação paulina inclui também os bêbados, corruptos, caluniadores, por que atirar tanta pedra somente nos homossexuais? Também aqui, Freud explica! E tem mais: o próprio Filho de Deus disse que "há eunucos que assim nasceram desde o seio de suas mães" (Mateus 19:12), ensinando, num sentido figurado, que faz parte dos planos do Criador que alguns homens tenham uma sexualidade não reprodutora biologicamente. Todos somos imagem de Deus!
9) O maior argumento para se comprovar que as Escrituras Sagradas não condenam o amor entre pessoas do mesmo gênero, é o fato de Jesus Cristo nunca ter falado nenhuma palavra contra os homossexuais! Se o "homossexualismo" fosse uma coisa tão abominável, certamente o Filho de Deus teria incluído esse tema em sua mensagem. O que Jesus condenou, sim, foi a dureza de coração, a intolerância dos fariseus hipócritas, a crueldade daqueles que dizem Senhor, Senhor!, mas esquecem da caridade e do respeito aos outros (Mateus, 7:21). E foi o próprio Messias quem deu o exemplo de tolerância em relação aos "desviados", andando e comendo com prostitutas, pecadores e publicanos. E tem mais: Jesus Cristo mostrou-se particularmente aberto à homossexualidade, revelando carinhosa predileção por João Evangelista, "o discípulo que Jesus amava", o qual, na última Ceia, esteve delicadamente recostado no peito do Divino Mestre. Há teólogos que chegam a sugerir que Jesus era homossexual, pois além de nunca ter condenado o homoerotismo, conviveu predominantemente com companheiros do seu próprio gênero, manifestou particular predileção pelo adolescente João e nunca se casou, além de revelar muita sensibilidade com as crianças e com os lírios do campo, comportamentos muito mais comuns entre homossexuais do que entre machões. O ensinamento do discípulo que Jesus amava não podia ser mais claro: "Filhinhos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e tudo o que é amor é nascido de Deus e conhece a Deus" (I João, 4:4).
10) A Bíblia é um livro muito antigo, repleto de imagens simbólicas, parábolas e figurações. Interpretar as Escrituras ao pé da letra é ignorância, fanatismo e até pecado, pois o próprio Filho de Deus garantiu: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.
Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á a verdade" (João, 16:12). Do mesmo modo como Galileu ensinou-nos a verdade a respeito da Astronomia, corrigindo a Bíblia e opondo-se à crença dos cristãos de sua época, assim também hoje todos os ramos da Ciência garantem que a homossexualidade é um comportamento normal, saudável e tão digno moralmente como a orientação sexual da maioria das pessoas. Negar esta evidência científica é repetir a mesma ignorância intolerante do Papa que condenou Galileu. Não devemos temer a verdade que liberta, pois o próprio Jesus nos mandou imitar "o escriba instruído nas coisas do Reino dos Céus, que como um pai de família, tira de seu tesouro coisas novas e velhas" (Mateus, 13:52). Mesmo que o Papa ou os pastores continuem a negar os direitos humanos dos gays e lésbicas, mesmo que cristãos ignorantes continuem a repetir as ultrapassadas abominações do Velho Testamento, para os verdadeiros crentes o que vale é o exemplo do Filho de Deus, Jesus Cristo, que nunca condenou a prática da homossexualidade. "E conhecereis a verdade, a verdade vos libertará!" (João, 8:32).
O que você não sabia sobre sexualidade! ( Super Interessante! )
Há quem pense que a sexualidade se resume só a gênero e orientação sexual hetero, homo ou bissexual, este se engana muito, a sexualidade é uma algo muito complexo e diverso, muito amplo, ao mesmo tempo que confuso é brilhante, é magnífico, as vezes doentio, as vezes perfeccionista… Não há ideologia de purpurinar a sexualidade aqui, ou de querer fazer alusão ou glamurizar ela e sim de mostrar o quão magnifica é a psiqué humana!
Começou com Freud…
SIGMUND FREUD -BIOGRAFIA – RESUMO
Nasceu em 06 de maio de 1856 na Checoslovaquia, de origem judaica. Aos 8 anos já lia Shakespeare e, na adolescência uma conferência, cujo tema era o ensaio de
Goethe sobre a natureza ficou profundamente impressionado. Trocou a falculdade de Direito pela Medicina e interessou-se pela área de pesquisas. Iniciou seu trabalho sobre o sistema nervoso central, publicou vários artigos sobre cocaína.
Especializou-se em doenças nervosas e criou interesse pela “histeria” e pela hipnoterapia praticada na época por Breuer Charcot. Os dois , trabalhando juntos publicaram “Estudos sobre a Histeria” e na mesma época Freud conseguiu analisar um sonho seu que ficou conhecido como “O Sonho da Injeção feita em Irma”, rascunhou “Projeto para uma psicologia Científica” somente publicada após sua morte.
O termo psicanálise (associação livre) , foi inicado por ele após passar por um trauma com a morte de seu pai e começou com seu amigo WILHELM FLIESS a analise de seus sonhos e fantasias.
“A Interpretação de Sonhos” que Freud considerava um de seus melhores livros foi publicado para ser projetado no inicio do novo século, XX.
Foi bastante hostilizado por seus colegas médicos, trabalhando em total isolamento.
Deu inicio a análise de Dora , sua paciente e escreveu Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana, ” publicando em 1901.
Escreveu “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, “Os Chistes e sua relaçao com o Inconsciente, ” “Fragmento da análise de um caso de Histeria”; (neurose)
Teve alguns seguidores como Alfred Adler, Carl Jung, que depois separaram-se de Freud e criaram suas próprias escolas, discordando da ênfase que Freud dava à origem sexual da neurose.(nervosismo, irritabilidade, excitação)
Durante a Segunda Guerra Mundial Freud foi para a Inglaterra, mas suas irmãs foram assassinadas em campos de concentração.
Freud ainda escreveu “Conferências Introdutorias sobre Psicanálise e há varios volumes da “Coletânea das Obras de Sigmund Freud, que entre outros temas, abrangia a teoria do trauma do nascimento.
Freud é considerado o PAI DA PSICANÁLISE, onde o paciente, vai com ou sem hipnose, lembrando-se de seus traumas, durante a vida e libertando-se de seus sofrimentos e atitudes de irritabilidade, histeria etc….
É muito utilizado hoje em dia, por psicólgos e até os novos parapsicólogos, que estão surgindo, usam também em grande escala a hipnose para recordaçoes de vidas anteriores.
Goethe sobre a natureza ficou profundamente impressionado. Trocou a falculdade de Direito pela Medicina e interessou-se pela área de pesquisas. Iniciou seu trabalho sobre o sistema nervoso central, publicou vários artigos sobre cocaína.
Especializou-se em doenças nervosas e criou interesse pela “histeria” e pela hipnoterapia praticada na época por Breuer Charcot. Os dois , trabalhando juntos publicaram “Estudos sobre a Histeria” e na mesma época Freud conseguiu analisar um sonho seu que ficou conhecido como “O Sonho da Injeção feita em Irma”, rascunhou “Projeto para uma psicologia Científica” somente publicada após sua morte.
O termo psicanálise (associação livre) , foi inicado por ele após passar por um trauma com a morte de seu pai e começou com seu amigo WILHELM FLIESS a analise de seus sonhos e fantasias.
“A Interpretação de Sonhos” que Freud considerava um de seus melhores livros foi publicado para ser projetado no inicio do novo século, XX.
Foi bastante hostilizado por seus colegas médicos, trabalhando em total isolamento.
Deu inicio a análise de Dora , sua paciente e escreveu Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana, ” publicando em 1901.
Escreveu “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, “Os Chistes e sua relaçao com o Inconsciente, ” “Fragmento da análise de um caso de Histeria”; (neurose)
Teve alguns seguidores como Alfred Adler, Carl Jung, que depois separaram-se de Freud e criaram suas próprias escolas, discordando da ênfase que Freud dava à origem sexual da neurose.(nervosismo, irritabilidade, excitação)
Durante a Segunda Guerra Mundial Freud foi para a Inglaterra, mas suas irmãs foram assassinadas em campos de concentração.
Freud ainda escreveu “Conferências Introdutorias sobre Psicanálise e há varios volumes da “Coletânea das Obras de Sigmund Freud, que entre outros temas, abrangia a teoria do trauma do nascimento.
Freud é considerado o PAI DA PSICANÁLISE, onde o paciente, vai com ou sem hipnose, lembrando-se de seus traumas, durante a vida e libertando-se de seus sofrimentos e atitudes de irritabilidade, histeria etc….
É muito utilizado hoje em dia, por psicólgos e até os novos parapsicólogos, que estão surgindo, usam também em grande escala a hipnose para recordaçoes de vidas anteriores.
Em 1877, ele abreviou o seu nome de Sigismund Schlomo Freud para Sigmund Freud. Desde 1873, era um aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de Viena, onde gostava de pesquisar no laboratório de Neurofisiologia. Ao se formar, em 1882, entrou no Hospital Geral de Viena. Freud trabalhou por seis meses com o neurologista francês Jean-Martin Charcot, que lhe mostrou o uso da hipnose. Em parceria com o médico Joseph Breuer, seu principal colaborador, ele publicou em 1895 o “Estudo sobre Histeria”. O livro descreve a teoria de que as emoções reprimidas levam aos sintomas da histeria, que poderiam desaparecer se o paciente conseguisse se expressar. Insatisfeito com a hipnose, Freud desenvolveu o que é hoje a base da técnica psicanalítica: a livre associação. O paciente é convidado a falar o que lhe vem à mente para revelar memórias reprimidas causadoras de neuroses.
Em 1899, publicou “A interpretação dos sonhos”, em que afirma que os sonhos são “a estrada mestra para o inconsciente”, a camada mais profunda da mente humana, um mundo íntimo que se oculta no interior de cada indivíduo, comandando seu comportamento, a despeito de suas convicções conscientes.
Mesmo com dificuldades para ser reconhecido pelo meio acadêmico, Freud reuniu um grupo que deu origem, em 1908, à Sociedade Psicanalítica de Viena. Seus mais fiéis seguidores eram Karl Abraham, Sandor Ferenczi e Ernest Jones. Já Alfred Adler e Carl Jung acabaram como dissidentes.
A perda de Jung foi muito mais dolorosa, pois Freud esperava que o discípulo, suíço e protestante, projetasse a psicanálise além do ambiente judaico. Além de discordar do papel prioritário dado por Freud ao desejo, Jung se tornou místico.
Sensibilizado pela Primeira Guerra Mundial e pela morte da filha Sophie, vítima de gripe, Freud teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do amor contra a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923, de “O Ego e o Id”.
Em 1936, disse considerar um avanço seus livros terem sido queimados pelos nazistas. Afinal, no passado, eram os autores que iam à fogueira. Mas a subida de Hitler ao poder ditatorial não demorou e a perseguição aos judeus se intensificou. Em 1938, já velho e com câncer, fugiu para a Inglaterra, onde morreu no ano seguinte.
Com Martha Bernays, teve seis filhos. A caçula Ana tornou-se discípula, porta-voz do pai, e uma eminente psicanalista.
Atualmente, Freud continua tão polêmico quanto na época em que esteve vivo. Por um lado, é verdadeiramente idolatrado por seguidores ortodoxos da teoria psicanalítica – e, aliás, em vida, Freud demonstrava uma inegável satisfação em ser reverenciado como um gênio. Por outro, é visto também como um mistificador, principalmente a partir da década de 1990, quando as descobertas da neurociência questionaram muitos dos princípios fundamentais da psicanálise.
Mesmo com dificuldades para ser reconhecido pelo meio acadêmico, Freud reuniu um grupo que deu origem, em 1908, à Sociedade Psicanalítica de Viena. Seus mais fiéis seguidores eram Karl Abraham, Sandor Ferenczi e Ernest Jones. Já Alfred Adler e Carl Jung acabaram como dissidentes.
A perda de Jung foi muito mais dolorosa, pois Freud esperava que o discípulo, suíço e protestante, projetasse a psicanálise além do ambiente judaico. Além de discordar do papel prioritário dado por Freud ao desejo, Jung se tornou místico.
Sensibilizado pela Primeira Guerra Mundial e pela morte da filha Sophie, vítima de gripe, Freud teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do amor contra a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923, de “O Ego e o Id”.
Em 1936, disse considerar um avanço seus livros terem sido queimados pelos nazistas. Afinal, no passado, eram os autores que iam à fogueira. Mas a subida de Hitler ao poder ditatorial não demorou e a perseguição aos judeus se intensificou. Em 1938, já velho e com câncer, fugiu para a Inglaterra, onde morreu no ano seguinte.
Com Martha Bernays, teve seis filhos. A caçula Ana tornou-se discípula, porta-voz do pai, e uma eminente psicanalista.
Atualmente, Freud continua tão polêmico quanto na época em que esteve vivo. Por um lado, é verdadeiramente idolatrado por seguidores ortodoxos da teoria psicanalítica – e, aliás, em vida, Freud demonstrava uma inegável satisfação em ser reverenciado como um gênio. Por outro, é visto também como um mistificador, principalmente a partir da década de 1990, quando as descobertas da neurociência questionaram muitos dos princípios fundamentais da psicanálise.
Ao desenrolar dos caminhos, Freud com a Teoria da Bissexualidade inata ( de nascença ), criou sede de conhecimento nos futuros cientistas que foram buscar essa realidade nos caminhos da biologia, da sociologia, da história, da geografia, da antropologia, da genética… Dentre muitos destaques se deram as desenvolturas de Kinsey e Harry Benjamin…
Kinsey causou um “escândalo” global com sua pesquisa sobre sexualidade…
Alfred Charles Kinsey nasceu em Hoboken, Nova Jersey, em 23 de junho de 1894. Faleceu aos 61 anos, como o homem que revolucionou a discussão sexual. Antes de Kinsey, o não convencional não era comentado, era considerado como anomalia. Era um campo onde a ciência não ousava desafiar a moral vigente. Hoje ainda, seus estudos norteiam pesquisadores e cientistas.
Pai da sexologia, da revolução sexual dos anos 60. Na verdade, em sua formação, era biólogo. Largou o curso de engenharia para cursar biologia e se tornar doutor em Harvard, defendendo a diversidade padrões de uma espécie de vespa. O pai, professor conservador e religioso, não via com bons olhos os estudos do filho. Sofreu de raquitismo na infância, que deixou seqüelas físicas.
Casou-se com Clara McMillen e teve quatro filhos. Na Universidade de Indiana completou seu trabalho de capturar e catalogar mais de um milhão de vespas, que foram doadas ao Museu Nacional de História Natural, em Nova York. Lá, iniciou um centro de estudos sobre a sexualidade humana, hoje Instituto Alfred Kinsey, além de criar o primeiro curso de sexologia.
Depois de concluir sobre a diversidade das vespas e de padrões de acasalamento, Kinsey percebeu que era hora de mostrar que o ser humano seguia as mesmas variações. O professor doutor treinou e qualificou diversos pesquisadores para percorrerem o país com o seu questionário. A publicação veio em 1948, o famoso relatório sobre a sexualidade humana (Sexual Behavior in the Human Male) caiu como uma bomba na moralidade norte-americana.
Kinsey virou celebridade e seu trabalho um dos livros científicos mais vendidos. Em 53, foi publicado um novo volume, sobre a sexualidade das mulheres (Sexual Behavior in the Human Female). Segundo os estudos de Kinsey, 92% dos homens e 62% das mulheres se masturbava. E 37% dos homens e 13% das mulheres já tinham tido uma relação homossexual que lhes tinha proporcionado um orgasmo ao menos. O sexo não era mais um segredo entre quatro paredes.
Kinsey também classificou a sexualidade humana, retirando o rótulo sexual tradicionalmente machista que vigorava até então. Kinsey disse que a sexualidade não era estática ou imutável e que, embora tenha classificado o modo de se fazer sexo entre os seres humanos, sua classificação não era uma regra. Ele identificou os seguintes padrões sexuais: heterossexual exclusivo; heterossexual ocasionalmente homossexual; heterossexual mais do que ocasionalmente homossexual; igualmente heterossexual e homossexual (bissexual); homossexual mais do que ocasionalmente heterossexual;
homossexual ocasionalmente heterossexual; homossexual exclusivo; indiferente sexualmente.
homossexual ocasionalmente heterossexual; homossexual exclusivo; indiferente sexualmente.
O estudo de Kinsey sempre enfrentou forte oposição dos católicos, tendo surgido diversos boatos sobre a sexualidade e procedimentos bizarros supostamente usados pelo pesquisador. Um fato é que os estudos de Kinsey possibilitaram o embasamento científico para retirar em 1973, a homossexualidade da lista de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria e no Código Internacional de Doenças, CID, da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1986. Em 2004, foi lançado o filme ‘Kinsey – Vamos falar de Sexo’, contando a vida do cientista.
Junto ao Relatório de Kinsey também veio a Escala de Kinsey
A Escala de Kinsey tenta descrever o comportamento sexual de uma pessoa ao longo do tempo e em seus episódios num determinado momento. Ela usa uma escala iniciando em 0, com o significado de um comportamento exclusivamente heterosexual, e terminando em 6, para comportamentos exclusivamente homossexuais. Muito frequentemente a Escala de Kinsey é simplificada de forma exagerada prevendo apenas heterossexuais, bissexuais e homossexuais de acordo com a monossexualidade, onde temos percebemos apenas dois sexos: o macho e a fêmea. Em estudos posteriores, Alfred Kinsey, Wardell Pomeroy et al. publicam os livros Sexual Behavior in the Human Male (1948) e Sexual Behavior in the Human Female (1953), introduzindo também os assexuais.
Kinsey escreveu em tradução livre:
“ | Homens não são representados através de duas populações discretas, heterossexual e homossexual. O mundo não é subdividido em carneiros e cabras. É um fundamento da taxonomia que a natureza raramente pode ser tratada em categorias discretas… O mundo em que vivemos é contínuo em todos e em cada um dos aspectos.Quando enfatiza-se a continuidade das graduações entre os heterossexuais e homossexuais exclusivos ao longo da história, parece ser desejável desenvolver uma gama de classificações que podem ser amparadas em quantidades relativas de experiências e respostas heterossexuais e homossexuais em cada caso… Um indivíduo pode ser associado numa posição da escala em cada período de sua vida… Uma escala de sete categorias aproxima-se de representar as várias graduações que existem atualmente (Kinsey, et al. (1948). pp. 639, 656) | ” |
A escala é representada abaixo:
Nível | Descrição |
---|---|
0 | Exclusivamente heterossexual |
1 | Predominantemente heterossexual, apenas eventualmente homossexual |
2 | Predominantemente heterossexual, embora homossexual com frequência |
3 | Igualmente heterossexual e homossexual |
4 | Predominantemente homossexual, embora heterossexual com frequência |
5 | Predominantemente homossexual, apenas eventualmente heterossexual |
6 | Exclusivamente homossexual |
X | Assexuado |
Porém muitos estudiosos acharam “fraca” a escalda e muito vaga, posteriormente, Klein adicionou uma outra escala:
A Grade de Orientação Sexual de Klein tenta medir além da orientação sexual expandindo-se sobre a nova escala de Kinsey que categoriza a história sexual de 0 (indivíduo exclusivamenteheterossexual) a 6 (exclusivamente homossexual). Como uma pessoa viaja na escala, eles são determinados para ser “Predominantemente o indivíduo heterossexual, mais do que incidentemente homossexual” no intervalo 2, “Predominantemente homossexual, só incidentemente heterossexual” no intervalo 5 e em qualquer lugar no meio. No centro, o Intervalo 3 é “Igualmente Indivíduo Heterossexual e Homossexual”.
Grade
Passado (a vida inteira até um ano atrás) | Presente (últimos 12 meses) | Ideal (O que você gostaria?) | |
A – Atração Sexual: A quem você é sexualmente atraído? | |||
B – Comportamento Sexual: Com quem você geralmente fez sexo? | |||
C – Fantasias Sexuais: Sobre quem são as suas fantasias sexuais? | |||
D – Preferência Emocional: Com quem você se sente melhor ou mais próximo emocionalmente? | |||
E – Preferência Social: Com que gênero você se socializa? | |||
F – Preferência de Vida: Em qual comunidade você passa o seu tempo? Em qual você se sente mais confortável? | |||
G – Auto-identificação: Como você se identifica? |
Cada um das 21 caixas deve conter um valor de 1 a 7, categorizando as respostas do indivíduo às perguntas. Para as variáveis de A a E as respostas possíveis são: 1=Outro sexo somente, 2=Outro sexo maioritariamente, 3=Outro sexo mais, 4=Ambos os sexos, 5=O mesmo sexo mais, 6=O mesmo sexo maioritariamente e 7=Mesmo sexo somente. Para as variáveis F e G esses percorrem de 1=Heterossexual somente a 7=Homossexual somente.
Diferentemente da Escala de Kinsey, a grade Klein investiga a orientação sexual em períodos de três tempos e com respeito a sete fatores.
Kinsey também se omitiu em relação aos Transexuais e Transexuais e uma das maiores críticas à escala de Kinsey é que ela não incorpora a transexualidade sendo quase inútil nesses casos. Harry Benjamin propôs, em contrapatrida, a Escala de Orientação Sexualque é muito mais adequada a trangêneros em geral mas que não explica a homossexualidade em si. Existem estudos que cruzam características da Escala de Kinsey com a Escala de Orientação Sexual de Harry Benjamin a fim de obter um diagnóstico mais preciso para indicar tratamentos e/ou cirurgias de resignação de sexo.
O Relatório de Kinsey foi revolucionário, abriu os olhos da Psiquiatria e da Psicanálise, abrindo as portas da Sexologia, porém deixou grandes vácuos que vieram em partes a serem preenchidos por Harry Benjamim que introduziu a escala de Kinsey os Transexuais e Travestis.
Harry Benjamin (12 de janeiro de 1885 – 24 de agosto de 1986) foi um sexólogo de origem alemã radicado nos Estados Unidos. É principalmente conhecido por ser o pioneiro no trabalho com atransexualidade humana.
Harry Benjamin nasceu em Berlin. Obteve o título de doutorado em medicina em 1912 em Tübingen com uma dissertação sobre tuberculose. Apesar se sua formação em infectologia, interessava-se por medicina sexual. Publicou vários artigos sobre medicina sexual em periódicos especializados e o livro The Transsexual Phenomenon’[1] em 1966.
Deixou a Alemanha em 1913, pouco antes da Primeira Guerra Mundial para voluntariar-se num projeto de estudo sobre a tuberculose. Em 1915 inicia suas práticas médicas particulares no estado deNova Iorque e mais tarde em São Francisco.
Em 1948, em São Francisco, Benjamin foi consultado por Alfred Kinsey, um reconhecido professor em sexologia, para avaliar o caso de um jovem que “desejava transformar-se em mulher”. Apesar do paciente ter nascido como do sexo masculino, sua mãe buscava ajuda médica a fim de não frustrá-lo. Kinsey encontrou o jovem em suas entrevistas que originaram o livro Sexual Behavior in the Human Male[2] que foi publicado naquele ano. O caso era diferente de todos os casos conhecidos anteriormente tanto por Kinsey e também por Benjamin. Esse jovem fez Benjamin rapidamente entender que havia uma diferença clara entre o jovem e a travestibilidade, única condição associada na época para adultos que manifestavam o desejo de travestir-se. Considerando que os psiquiatrascom quem Benjamin mantinha contatos divergiam na forma de tratamento, ele decidiu tratar o jovem com estrogênio (Premarin, hormônio feminino introduzido em 1941), que diminuiu as angústicas do jovem e de sua mãe. O contato com o paciente foi descontinuado antes que Benjamin pudesse acompanhar o progresso do tratamento. Benjamin continuou a refinar seu entendimento, introduzindo o termo ‘transexual’ em 1954 (cunhado em 1923 por Magnus Hirschfeld), decidindo por tratar pacientes, com a assistência de colegas cuidadosamente selecionados de várias disciplinas (como o psiquiatra John Alden, a electrologista Martha Foss em São Francisco e o cirurgião plástico Jose Jesus Barbosa em Tijuana). Várias centenas de pacientes com necessidades semelhantes foram atendidos de forma gratuita. Seus pacientes consireravam-no como um homem de enorme carinho, respeito e bondade. Muitos deles mantinham contato com ele até sua morte.
Em contraposição ao entendimento de vários psiquiatras sobre a transexualidade, Benjamin, como médico, acreditava nas origens de desordens endócrinas e hormonais,[3] sendo o tratamento psiquiátrico de pouca ajuda. Em encontro com Sigmund Freud em Viena, sugeriu que algumas disforias de sexo poderiam ter origem em desordens das glândulas endócrinas.[4]
A parte dos estudos em tuberculose e sexologia, suas principais áreas de estudo, também foi gerontologista, trabalhando na área de extensão da vida. Benjamin viveu 101 anos.
Sobre o Travesti e o Transexual Benjamim deixou o seguinte quadro para diagnóstico
Harry Benjamin, segundo suas percepções, propôs uma escala para a transexualidade, semelhante à indicada:
Grupo | Tipo | Nome |
---|---|---|
1 | I | Pseudo travesti |
1 | II | Travesti fetichista |
1 | III | Travesti verdadeiro |
2 | IV | Transexual não cirúrgico |
3 | V | Transexual de intensidade moderada |
3 | VI | Transexual de alta intensidade |
que são abordados de forma mais extensa abaixo:
Tipo I – Pseudo travesti
- Sentimento quanto ao Gênero: Masculino
- Hábitos de se vestir: Vida masculina normal. Apresenta pequenos desejos de se travestir
- Preferência Sexual: Usualmente heterossexual (com mulheres). Raramente bissexual. Masturba-se com fetiches muitas vezes acompanhado de culpa, rejeitando as roupas femininas após a masturbação.
- Operação de redesignação de sexo: não se interessa
- Tratamento hormonal: não se interessa; não indicada
- Tratamento psiquiátrico: não se interessa; desnecessário
Tipo II – Travesti fetichista
- Sentimento quanto ao Gênero: Masculino
- Hábitos de se vestir: Vive como homem com trajes masculinos. Traveste-se periodicamente
- Preferência Sexual: Usualmente heterossexual (com mulheres) mas também bissexual e homossexual (com homens). Ao masturbar-se tem fantasias de travestir-se e mudar de sexo.
- Operação de redesignação de sexo: pode considerar apenas em fantasias
- Tratamento hormonal: interessado; algumas vezes utilizado voluntariamente para diminuir o libido
- Tratamento psiquiátrico: algumas vezes indicado; pode ser favorável em alguns casos
Tipo III – Travesti verdadeiro
- Sentimento quanto ao Gênero: Masculino mas sem convicção
- Hábitos de se vestir: Traveste-se com a freqüência possível. Pode ser aceito como mulher.
- Preferência Sexual: Heterossexual com mulheres e homens (com mulheres é homem e com homens é mulher)
- Operação de redesignação de sexo: rejeitas mas a idéia é atraente
- Tratamento hormonal: atrativa como experiência; pode auxiliar no diagnóstico
- Tratamento psiquiátrico: indicada como apoio emocional, em caso de tratamento hormonal
Tipo IV – Transexual não cirúrgico
- Sentimento quanto ao Gênero: Incerto entre travesti e transexual
- Hábitos de se vestir: Traveste-se sempre que possível com alívio insuficiente do desconforto de gênero. Pode viver como homem ou mulher. Pode constituir família e ter filhos.
- Preferência Sexual: Muitas vezes autoerótico ou assexual. Pode ser bissexual ou manifestar baixo libido.
- Operação de redesignação de sexo: atraente mas não solicitada
- Tratamento hormonal: muitas vezes utilizada espontaneamente para conforto emocional
- Tratamento psiquiátrico: só como apoio emocional, em caso de tratamento hormonal
Tipo V – Transexual de intensidade moderada
- Sentimento quanto ao Gênero: Feminino, preso a um corpo masculino
- Hábitos de se vestir: Vive e trabalha como mulher, se possível. Travestir-se é insuficiente para o alívio emocional
- Preferência Sexual: Muitas vezes autoerótico ou assexual. Pode ser bissexual ou manifestar baixo libido.
- Operação de redesignação de sexo: solicitada
- Tratamento hormonal: necessária e muitas vezes utilizada espontaneamente como preparação para a conversão sexual
- Tratamento psiquiátrico: rejeitada, recomendada orientação permissivista
Tipo VI – Transexual de alta intensidade
- Sentimento quanto ao Gênero: Feminino
- Hábitos de se vestir: Vive e trabalha como mulher. Travestir-se não alivia o desconforto emocional
- Preferência Sexual: Desejo intenso de se relacionar com homens no papel de mulher. Muitas vezes identifica-se como heterossexual na inversão de gêneros.
- Operação de redesignação de sexo: incisivamente solicitada
- Tratamento hormonal: necessária e muitas vezes utilizada espontaneamente como preparação para a conversão sexual
- Tratamento psiquiátrico: rejeitada, recomendada orientação permissivista
Considerações transexualidade feminina
Poucos estudos abordam a ótica da travestibilidade e da transexualidade feminina mundialmente, concentrando os estudos na transexualidade masculina. Há de se considerar que existem tratamentos semelhantes transpostos para o universo feminino da transexualidade.
Embora após certo grau a transexualidade não seja considerada mais doença, na prática clínica não é assim, o CID e o DSM que são responsáveis pelo catálogo de doenças ainda consta o Transtorno de Identidade de Gênero como uma doença, com excessão da França
Ainda assim ficaram vagas alguns aspectos sobre a sexualidade, como a bissexualidade, pansexualidade, assexualidade e intersexualidade.
Sobre o assexuado não há nada de concreto embora os caminhos já estejam traçados e as pesquisas já indiquem alguns fundamentos.
Assexualidade é a ideia de orientação sexual caracterizada pela indiferença à prática sexual, ou seja, o assexual é um indivíduo que não sente atração sexual, tanto pelo sexo oposto quanto pelo sexo igual. Algumas pessoas acreditam que a assexualidade não é uma orientação sexual mas uma disfunção sexual.
Há um desacordo sobre se a assexualidade é uma orientação sexual legítima. Muitos ainda confundem assexualidade com baixa libido. Alguns argumentam que ela cai sobre o nome de distúrbio de hipoatividade sexual ou distúrbio da aversão sexual. Entre os que não acreditam ser uma orientação, outras causas sugeridas incluem abuso sexual passado, repressão sexual, problemas hormonais, desenvolvimento tardio de atração, e não ter encontrado a pessoa certa. Muitos assexuais auto-identificados, enquanto isso, negam que tais diagnósticos se apliquem a eles; outros argumentam que, porque a sua assexualidade não lhes causa angústia, não deveria ser vista como um distúrbio emocional ou médico. Outros argumentam que no passado, foram feitas afirmações semelhantes sobre a homossexualidade e bissexualidade, apesar do fato de que muitas pessoas agora as considerem como orientações legítimas. Em virtude da falta de pesquisa no assunto, existem poucas provas documentadas em favor de qualquer lado no debate.
Um estudo feito com cordeiros chegou ao resultado de que cerca de 2% a 3% dos indivíduos estudados não tinham interesse aparente em acasalar com sexo algum. Outro estudo, foi feito com ratos e gerbils, em que até 12% dos machos não mostraram interesse nas fêmeas. Contudo, como suas interações com outros machos não foram medidas, o estudo é de uso limitado no que toca à assexualidade (Westphal, 2004).
Uma pesquisa de opinião no Reino Unido sobre sexualidade incluiu uma pergunta sobre atração sexual, e 1% dos entrevistados responderam que “nunca se sentiram atraídos sexualmente por absolutamente ninguém” (Bogaert, 2004). O Kinsey Institute conduziu uma pequena pesquisa sobre esse assunto, que concluiu que “os assexuais parecem melhor caracterizados por pouco desejo sexual e excitação que por baixos níveis de comportamento sexual ou alta inibição sexual” (Prause e Graham, 2002). Esse estudo também menciona um conflito quanto à definição de “assexual”: os pesquisadores descobriram quatro definições diferentes na literatura, e afirmaram que era incerto se aquelas identificando assexual estavam se referindo a uma orientação.
Há diferenças entre as pessoas que se identificam como assexuais, principalmente entre elas a presença ou ausência de uma direção sexual ou atração romântica. Alguns experimentam apenas um desses, enquanto outros experimentam ambos, e ainda outros nenhum deles. Há uma discórdia sobre qual dessas configurações pode genuinamente ser descrita como assexual. Enquanto um número de pessoas acreditam que todas as variações sejam qualificadas como tal, muitas outras acreditam que para ser assexual, deve-se ter falta de direção sexual, atração romântica ou ambos.
A direção sexual desses assexuais que têm uma, não é dirigida a nada; é apenas um desejo por estimulação sexual ou liberação. Pode variar de fraco a forte, e de raro a frequente. Alguns assexuais experimentam sentimentos sexuais mas não têm desejo de fazer o ato, enquanto outros procuram liberação sexual, seja via masturbação ou por contato sexual, ou ambos.
Para aqueles assexuais que experimentam sentimentos de atração romântica, ela pode ser direcionada para um ou ambos os gêneros. Esses assexuais frequentemente têm desejos por relacionamentos românticos, variando de ligações casuais até casamento, mas frequentemente não querem que essas relações incluam atividade sexual. Por causa dessa orientação sexual, alguns assexuais se descrevem como assexuais gays, bissexuais, ou heterossexuais; isso é relacionado ao conceito de orientação afetiva.
Aqueles assexuais que não querem relacionamentos românticos estão numa posição difícil, já que a maioria das pessoas não são assexuais. Assexuais capazes de tolerar o sexo podem fazer par com não-assexuais, mas então sua falta de atração pode ser psicologicamente angustiante para seu companheiro, fazendo um romance de longa duração difícil. Assexuais que não podem tolerar o sexo devem ou se comprometer com seus companheiros e ter uma certa quantidade de qualquer jeito, dar a seus companheiros permissão de procurar sexo em algum outro lugar, ter relacionamentos sem sexo com aqueles poucos que ele tem desejo, só namorar outros assexuais, ou ficarem solteiros.
Alguns assexuais usam um sistema de classificação desenvolvido (e então aposentado) pelo fundador da Asexual Visibility and Education Network, uma das principais comunidades online de assexuais (abreviada como AVEN). Nesse sistema, assexuais são divididos em tipos de A a D: um assexual do tipo A tem direção sexual, mas sem atração romântica, um tipo B tem atração romântica mas não tem direção sexual, um do tipo C tem ambos, e o tipo D, nenhum. As categorias não significam que são inteiramente discretas ou “escritas na pedra”; o tipo de uma pessoa pode mudar, ou pode-se estar na fronteira entre dois tipos. Note que a própria AVEN não usa mais esse sistema, já que ele é muito exclusivo, mas um número de assexuais ainda a sentem como uma ferramenta útil para explicar sua orientação.
Note que a assexualidade não é o mesmo que celibato, que é a abstinência deliberada de atividade sexual; muitos assexuais fazem sexo, e a maioria dos celibatários não são assexuais.
Sobre os Pansexuais já há uma definição
A pansexualidade é caracterizada por atração estética potencial, amor romântico e desejo sexual por qualquer um, incluindo aquelas pessoas que não se encaixam na binária de gênero macho/fêmea implicado pela atração bissexual. Algumas vezes é descrito como a capacidade de amar uma pessoa de forma romântica, independente do gênero. Alguns autores contemporâneos afirmam ainda que o pansexual pode ter a capacidade de fazer sexo com animais pois seriam capazes de sentir atração pelos tais. Alguns indivíduos que se dizem pansexuais chegam a afirmar que gênero, sexo e espécie não têm importância para eles.
A palavra pansexual deriva do prefixo Grego pan-, que significa “tudo” ou no caso, “todos”. “Todos” é uma referência específica aos gêneros (masculino, feminino) em humanos. Em sua forma mais simples, pansexualidade denota o potencial de atração sexual por todos os sexos, ou gêneros. Usa-se para negar a ideia de dois gêneros, ou sexos (como expressado pelo prefixo bi-).
Algumas pessoas trans e intersexuais se descrevem como “pansexuais”, tendo uma percepção íntima que existem muitos níveis entre o masculino e o feminino. Contudo isto não deve ser visto como generalização, já que as pessoas trans podem se identificar como heterossexuais, bissexuais ou homossexuais baseado em sua identidade de gênero, e pessoas cisgêneros (não-trans) podem também se ver atraídas por indivíduos em todo o espectro sexual. Foi também usado, com debates, para descrever aqueles com orientação pedofílica que não tem uma atração exclusiva por crianças. O que significaria que a atração sexual é sentida pelo pedossexual em níveis de intensidade variados tanto para crianças quanto adultos do gênero oposto, mesmo gênero ou ambos.
Como o prefixo pan- refere-se apenas aos gêneros em seres humanos, e não à práticas sexuais, pansexualidade não implica atração automática por todas as pessoas. Da mesma forma, também não implica aceitação de todos os comportamentos sexuais, como as parafilias (por exemplo: incesto, bestialidade, ounecrofilia) ou fetiches. Como as identidades sexuais mais comuns como homossexualidade e heterossexualidade, a pansexualidade refere-se ao papel do gênero na atração sexual, e não ao papel dos atos e comportamentos sexuais.
Já a bissexualidade embora mais aceita pela sociedade ainda é controversa entre a ciência, mais ainda do que a própria homossexualidade em si
A bissexualidade consiste na atracção fisica e emocional por pessoas tanto do mesmo sexo quanto do oposto, com níveis variantes de interesse por cada um, e à identidade correspondente a esta orientação sexual.
Bissexual é portanto o termo aplicado a seres e, mais comumente, pessoas, que se sentem atraídos por ambos os sexos, servindo portanto de um quase meio-termo entre o hetero e o homossexual. O número de indivíduos que apresentam comportamentos e interesses de teor bissexual é maior do que se suporia à primeira impressão, devendo-se a pouca discussão desta situação essencialmente a uma tendência geral para a polarização da análise da sexualidade, tanto em nível académico como, muito mais marcadamente, em nível popular, entre a heterossexualidade e a homossexualidade.
Embora, teoricamente, por se apresentar também nela uma faceta de heterossexualidade, no sentido da atracção por indivíduos do sexo oposto, segundo o olhar de homossexuais exclusivos, a bissexualidade pode parecer mais facilmente aceita. A verdade é que em geral, há incidências específicas de preconceito contra pessoas bissexuais partindo tanto de certos homossexuais quanto de heterossexuais. Por exemplo, a percepção das pessoas bissexuais como a ponte que trouxe a AIDS dos homossexuais para os heterossexuais, pode ser considerada com uma demonstração de bifobia. Outra face da bifobia se dá quando certos homossexuais consideram a bissexualidade pouco mais que um meio-termo confortável entre a heterossexualidade estabelecida e a identidade homossexual pela qual lutam por estabelecer. Além disso pessoas bissexuais podem ser alvo tanto de homofobia (por parte de alguns heterossexuais) quanto de heterofobia (por parte de alguns homossexuais). Nos dias de hoje têm sido comum também o uso do termo queer na denominação tanto de pessoas bissexuais como homossexuais numa tentativa de fugir do dualismo e subcategorização humana, englobando num único termo as pessoas que possuem uma orientação sexual divergente da heterossexualidade dominante.
No entanto, em termos históricos mais amplos, o comportamento bissexual foi aceito e até encorajado em determinadas sociedades antigas, especificamente, entre outras, na Grécia, e em determinadas nações do Oriente Médio.
Em termos de estudos quanto à Bissexualidade, sublinha-se em notoriedade e importância para estudos posteriores do assunto os Estudos de Kinsey, publicados em 1948 e 1953, quanto a um estudo cujas conclusões afirmavam, entre outras constatações, que grande parte da população norte-americana tinha algumas tendências bissexuais de intensidade variante. Embora algo criticados, em particular quanto à selecção dos indivíduos a quem se aplicaram os inquéritos correspondentes ao estudo, estes vieram a tornar-se uma referência notória no que toca a estudos da sexualidade, e apresentou pela primeira vez a noção de que a bissexualidade é, possivelmente, muito mais comum do que se pensa, mantendo-se por isso também importante em campos teóricos – em particular pela noção apresentada da sexualidade humana ser composta não por duas alternativas únicas, a heterossexualidade e a homossexualidade, mas por um espectro de interesse e comportamento sexual, que tem as duas como extremos.
A Associação Americana de Psicologia afirma que orientação sexual ”descreve o padrão de atração sexual, comportamento e identidade, por exemplo homossexuais, bissexuais e heterossexuais”. “Atração sexual, comportamento e identidade podem ser incongruentes. Por exemplo, atração sexual e/ou comportamentos não podem necessariamente ser compatíveis com a identidade. Algumas pessoas podem se identificar como homossexuais ou bissexuais, sem ter tido qualquer experiência sexual. Outros tiveram experiências homossexuais, mas não se consideram gays, lésbicas ou bissexuais. Além disso, a orientação sexual cai ao longo de um continuum. Em outras palavras, alguém não tem que ser exclusivamente homossexual ou heterossexual, mas pode sentir vários graus de ambos. Orientação sexual se desenvolve através de uma vida de pessoas de diferentes pessoas percebem em pontos diferentes em suas vidas que são heterossexuais, bissexuais ou homossexuais.[1]
De acordo com Rosário, Schrimshaw, Hunter, Braun (2006), “o desenvolvimento de uma identidade sexual lésbica, gay ou bissexual é um processo complexo e muitas vezes difícil. Ao contrário dos membros de grupos minoritários (por exemplo, minorias étnicas e raciais), a maioria das pessoas LGB não são criados em uma comunidade de outros semelhantes, de quem eles aprendem sobre a sua identidade e que reforçar e apoiar essa identidade. contrário, as pessoas LGB são muitas vezes criados em comunidades que são ignorantes ou abertamente hostis em relação à homossexualidade.”[2]
Em um estudo longitudinal sobre o desenvolvimento da identidade sexual entre gays, lésbicas e bissexuais (LGB) jovens, os seus autores “encontraram provas considerável mudança na identidade LGB sexual ao longo do tempo”. Jovens que haviam identificado tanto como gay / lésbica e bissexual antes da linha de base foram aproximadamente três vezes mais chances de identificar como gay/lésbica do que como bi em avaliações subseqüentes. Dos jovens que haviam identificado apenas como bi em avaliações anteriores, 60-70% continuaram a identificar como bissexual, enquanto cerca de 30-40% assumiram uma identidade gay / lésbica longo do tempo. Os autores sugeriram que “embora haja jovens que constantemente se auto-identificaram como bissexuais ao longo do estudo, para outros jovens, uma identidade bissexual serviu como uma identidade de transição para uma futura identidade gay/lésbica.[2]
Bissexuais geralmente começam a se identificam como bissexuais em seus primeiros vinte anos de média.[3][4] Mulheres bissexuais têm mais frequentemente a sua primeira experiência heterossexual antes da sua primeira experiência homossexual, enquanto os homens bissexuais com mais frequência têm a sua primeira experiência homossexual antes da sua primeira experiência heterossexual.[5]
Um estudo realizado em 2002 nos Estados Unidos pelo National Center for Health Statistics descobriu que 1,8% dos homens com idade entre 18-44 se consideravam bissexuais, 2,3% homossexuais e 3,9% se identificavam como “algo mais”. O mesmo estudo descobriu que 2,8% de mulheres com idades entre 18-44 se consideravam bissexuais, 1,3% homossexual, e 3,8% como “algo mais”.[6] OThe Janus Report on Sexual Behavior, publicado em 1993, mostrou que 5% dos homens e 3% de mulheres se consideram bissexuais e 4% dos homens e 2% de mulheres se consideravam homosexuais.[6] A seção ‘Saúde’ do The New York Times declarou que “1,5 por cento de mulheres americanas e 1,7 por cento de homens americanos identificar-se [como] bissexual.”[7]
O trabalho do Dr. Alfred Kinsey em 1948, “Sexual Behavior in the Human Male“, descobriu que “46% da população masculina tinham apresentado tanto atividades heterossexuais como homossexuais , ou “interagiu” com às ” pessoas de ambos os sexos, no decurso da sua vida adulta.”[8] Kinsey não gostou do uso do termo “bi” para descrever os indivíduos que participem em atividades sexuais com machos e fêmeas, preferindo usar o “bi” em seu sentido original biológicos como hermafrodita: “Até que seja demonstrado que o gosto em uma relação sexual depende do indivíduo contendo em de sua anatomia estruturas de ambos os sexos , ou capacidades fisiológicas masculinas e femininas , é lamentável chamar essas pessoas de bissexuais “(Kinsey et al., 1948, p. 657).[9] Dr. Fritz Klein acredita que a atração emocional e social são elementos muito importantes na atração bissexual. Um terço dos homens em cada grupo não apresentaram excitação significativa. O estudo não provava serem eles assexuais, Rieger e afirmou que a falta de resposta não alterou as conclusões gerais.
Já a Intersexualidade poucos sabem o que é, até porque pouco se divulga
A divisão dos seres humanos em dois sexos – masculino e feminino – está presente pela maioria das pessoas durante a maior parte do tempo. Por exemplo, quando um bebe nasce, um rápido olhar para os seus órgãos sexuais habitualmente responde à questão na mente de todos: é rapaz ou rapariga.Contudo, como vimos no curso 1 (Fisiologia e Anatomia Sexual Básica Humana), o assunto nem sempre é tão simples. Em associação ao desenvolvimento anatómico típico masculino ou feminino, existem alguns casos atípicos “intermédios” que podem tornar difícil a determinação do sexo do recém-nascido. Hoje, estes casos estão habitualmente sumarizados sob o tema de intersexualidade. Alguns deles mostram, sob inspecção mais próxima, uma clara preponderância de masculinidade ou feminilidade facilitando assim encontrar uma solução apropriada. Contudo, ocasionalmente o problema torna-se tão complicado que requer longas deliberações e consultas envolvendo escolhas éticas complicadas. Estas escolhas confrontam não só os especialistas como médicos e psicólogos mas também os pais e, eventualmente, a criança em crescimento, adolescente ou também adulto. Assim, recentemente muitos adulto intersexuais começaram a organizar-se e a manifestar a sua frustração com as escolhas que foram feitas para eles na sua infância por médios bem intencionados mas pouco conhecedores. Esta crítica crescente à prática médica tradicional também engloba a crítica a toda a nossa tradição sociocultural que insiste numa divisão clara entre sexos e com pouca tolerância para com tudo o que existe “no intermédio”. |
Fala-se de intersexualidade quando uma pessoa nasce com um desenvolvimento significativamente atípico dos seus órgãos sexuais ou com irregularidades cromossómicas certas. Isto pode resultar numa indeterminada aparência física e tornar a definição sexual imediata e definitiva difícil. Esta situação muitas vezes afecta os órgãos sexuais externos e é prontamente reconhecida à nascença. Em outros casos quando os órgãos sexuais internos estão afectados o problema pode inicialmente ficar “ escondido” e revelar-se muito mais tarde através de uma examinação médica. Ainda em outros casos ambos os órgãos sexuais internos e externos estão afectados ou estão formados em contradição com os cromossomas sexuais da pessoa (XY mulheres). Certos problemas podem ser corrigidos a curto prazo com cirurgia. Contudo, em casos mais complicados essa cirurgia e outros tratamentos devem ser evitados ou protelados até vários anos mais tarde.Alguns autores usam o termo “intersexualidade” de forma muito ampla e usam-no em situações relativamente simples como uma glande do clítoris muito proeminente, um pénis muito pequeno, uma hipospadia ou até emtestículos não descendentes. Contudo, nós não seguimos esta utilização aqui. Desde que não existam outras irregularidades anatómicas, as condições anteriores são melhor avaliadas nos seus domínios. O tamanho “correcto” da glande, do corpo do clítoris ou do pénis é uma questão de opinião, e intervenções de “correcção” podem ser mesmo supérfluas ou até prejudiciais. Contrariamente uma hipospadia simples que pode ser cirurgicamente reparada deverá sê-lo sem grandes discussões. Os testículos não descendentes também necessitam de atenção médica atempada para evitar mais tarde sérios problemas de saúde. |
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Notas Históricas: Mitologia e Alquimia | ||
A intersexualidade é conhecida e tem sido vista, desde os tempos ancestrais, por todo o mundo, mas diferentes culturas têm lidado com o assunto de forma muito diferente. Não só usaram diferentes termos para a sua descrição, como também desenvolveram conceitos diversos para a sua explicação. Como alguns destes conceitos tiveram um papel importante na história da filosofia e arte ocidental, nós acrescentamos aqui duas notas: 1. Pessoas com os dois sexos aparecem em muitos mitos ancestrais acerca da criação do mundo em épicos clássicos e, até em discussões filosóficas. Aqui, reproduzimos apenas um exemplo bem conhecido da Grécia Antiga. 2. A combinação de elementos masculinos e femininos (“hermafroditismo”) foi também um conceito essencial na alquimia medieval. Os símbolos do sol (ouro, homem) e da lua (prata, mulher), foram muitas vezes juntos para formar um novo símbolo sexual duplo da perfeição. Aqui fornecemos apenas algum contexto muito básico de informação. | ||
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Ainda há além da pluralidade do mundo sexual, fatores sociais que pessoas ficam curiosas porém não ousam tocar no assunto, com medo de ferir, porém o silêncio fere, ainda mais a falta de conhecimento…
Sexualidade e deficiência
A sexualidade e deficiência é uma temática da vida cotidiana dos portadores de deficiência. O senso comum delimita a vida sexual de portadores de deficiência física como se esta atividade não existisse ou como um tabu. Por desconhecimento, uma série de suposições não verdadeiras é realizada, são criadas crenças e visões estereotipadas, além do preconceito.[1]
O aprendizado destas pessoas é realizado através de contato com outros indivíduos portadores de deficiência.[2] Com o advento da tecnologia, tornou-se um pouco mais fácil a busca de informações através, por exemplo da Internet, nas comunidades virtuais.
Sexualidade e deficiência mental
O deficiente mental é submetido muitas vezes a um tratamento protetor, como fosse um indivíduo assexuado ou eternamente criança.[1][3]A sexualidade destes pode também pode ser vista como algo selvagem, que deve ser reprimido.[1] De acordo com diversos autores estas pessoas sentem desejo, amam, sentem prazer e querem ser amadas. A condição de sexual destas pessoas depende muito das suas condições educacionais.[1]Geralmente, trata-se as pessoas com diferentes deficiências de forma igualitária, mas, na verdade, dependem de condições psicossociais diversas.[1]Também existe a fobia que um possível descendente possa ser também um deficiente mental.[1] Um mito pois nem toda deficiência mental é transmitida de forma hereditária.[1]Outro pensamento comum é que deficientes possuem uma condição que os faz praticarem atitutes sexuais a toda hora, e por isso devem ser atenuados, contrapondo-se a o outro mito da assexualidade.[1]
Sexualidade e deficiência física
A sexualidade é tida pela sociedade como algo ligado apenas às regiões íntimas.[1]Todavia, principalmente para deficientes com lesões medulares mulheres, outros locais podem ser estimulados como os mamilos por exemplo, sendo possível chegar a uma situação denominada de paraorgasmo. Pode ocorrer também a falta de lubrificação vaginal que é resolvida através de lubrificantes íntimos.[4][5]Já para os homens, a ereção é possível dependendo do caso, mas o controle da ejaculação fica prejudicado em lesões completas.[5]
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